E se Julie soubesse da existência do contrato de William e Fernando?
Mas do que isso, e se a forma de pagamento do empréstimo de William, isso é o casamento entre ela e Will fosse orquestrada por ela e não por seu irmão?
O que alguém é capaz de faze...
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_ Está pensando em realmente oferecer um acordo de casamento para William? –Pergunta meu irmão Fernando, enquanto almoçamos em meu restaurante favorito.
_ Bom, não sei bem se oferecer seria a palavra. – Falo com cautela.
_ Como assim? –Pergunta intrigado.
_ Não acho que ele vá assinar o contrato de garantia que sugeriu que façamos. Pelo menos, não se souber que em troca do empréstimo terá que casar comigo.
_ Espera aí, você não está pensando em enganá-lo para que assine, não é? –Pergunta como se eu fosse maluca.
Fico em silêncio, porque para ser sincera é exatamente essa a ideia que tenho em mente.
E não, não estou brincando. Como disse, não acho que irá aceitar se casar comigo por contrato em troca do empréstimo se souber que essa é a forma de pagamento que vou pedir. Então não acho que ele deva saber desse fato antes de assinar.
Para a sorte do meu constrangimento, meu irmão entende meu silêncio como uma afirmação.
_ Sabe que ele vai te odiar por isso, não é?
A simples ideia de William me odiar rasga o meu coração.
Mas sinto que meu casamento com ele vai servir de teste para ver se o empecilho dele em nos dar uma chance foi minha deficiência.
_ Esse é um risco que terei que correr.
Meu irmão suspira, mas não diz nada. Ele sabe que eu não vou mudar de ideia.
_ E como pretende prendê-lo ao contrato? Porque, sabe que ele pode não aceitar os termos de contrato quando descobrir sobre o casamento, não é?
Sim. Eu sei disso.
_ Pense em algo. Você é o executivo aqui.
Ele ri.
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Mesmo achando a atitude de Julie de me oferecer um empréstimo muito generosa e de ter até chegado a conversar com ela sobre valores, eu ainda estou pensando se devo ou não aceitar seu oferecimento.
E não porque não tenha ficado tocado por seu gesto, mas porque é um valor considerável.
Além disso, depois de como me comportei com ela após de saber do seu amor por mim, eu penso que não mereço sua ajuda. Já que admito que poderia ter agido de forma mais madura com a situação.
Além do mais, embora tenha pressa para não dever nada ao meu pai, eu não tenho como pagar esse dinheiro.
Ah! Para. Você sabe que não são apenas esses os motivos para você relutar em aceitar a ajuda dela. –Zomba minha consciência e eu sei exatamente o porquê.
A verdade é que essa nova proximidade com Julie me assusta, mesmo que eu mesmo seja responsável por ela.
Isso porque, acho que sempre fiquei tentado a parar de resistir e experimentar esse amor, podendo até me apaixonar por ela.
Mas eu não podia e ainda não posso, porque sua condição e realidade são muito diferentes das minhas.
De repente, como se a vida estivesse zombando de mim, acordo dos meus pensamentos com uma mensagem de Julie.
''E aí? Já decidiu se vai aceitar minha ajuda? ''
''Não. Na verdade, eu não teria como te pagar, Julie. ''
É a verdade. Embora, não seja ela inteira. Mas ela não precisa saber disso.
''Sobre a forma de pagamento, talvez, eu possa ter achado uma forma de você me pagar esse valor. ''
Não posso evitar ficar intrigado sobre qual poderia ser essa forma de pagamento.
