Capítulo 2. -Dolorosa Ruptura

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	Minha amizade com Julie estava indo bem

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Minha amizade com Julie estava indo bem.

Nossa relação continuava sendo repleta de carinho e a nossa conexão aumentava a cada dia.

Claro que também tínhamos nossas discussões e Luna até brincava que parecíamos um casal de namorados, às vezes. Mas não importava. Sempre achávamos o caminho de volta um para o outro.

Até que um dia, tudo mudou...

Era mais um dia comum quando entrei em minha rede social e vi uma postagem de Julie.

''Será que estou mesmo apaixonada por você? Havia me proibido de amar, mas parece que você derrubou minhas defesas e todos perceberam, menos eu.''

Julie estava apaixonada por alguém? Assim que terminei de ler a frase, fui tomado por uma urgência estranha de saber se isso era verdade. E mais ainda, se fosse, quem era essa pessoa.

Decidi a questioná-la sobre isso, sem ao menos saber o porquê. Mas naquele dia, aquilo não importava. Eu queria saber. Mais do que isso, eu precisava saber.

Sendo assim, abri a janela do bate papo privado e mandei uma mensagem. Primeiro, a sondando.

''Será que temos uma mulher apaixonada na área? ''

''Não sei do que está falando. ''

Odiava quando era evasiva, mas não iria desistir.

''Não me enrole. Sei que está apaixonada. ''

''Quem disse? ''

''Ninguém. Você apenas parece estar. Principalmente por sua última postagem. ''

''Não sabia que você era tão curioso. ''

Ela tinha razão de estar confusa com meu comportamento. Eu também não estava entendendo o motivo pelo qual estava tão agitado e isso estava me deixando irritado.

Mas de novo, não importava, eu só sentia que precisava saber se ela estava apaixonada e se esse fosse o caso, quem era essa pessoa.

''Então é verdade? Por que eu não posso ter curiosidade? Somos amigos, não?

Sim, eu parecia um desesperado. Pior, eu estava.

''Está bem. Sim, acho que estou apaixonada. ''

A notícia foi um baque para mim. De repente, imaginei ela sendo carinhosa e desabafando com outra pessoa e confesso que não gostei nenhum um pouco da sensação.

''Mas nem tenta porque não vou te contar por quem. ''

Sua próxima frase me acordou dos pensamentos e acabou me intrigando mais do que gostaria.

''Por quê? Eu o conheço? Se sim, prometo não contar a ele ou a ninguém. ''

''Já disse que não vou dizer William. Nem tenta.''

Fiquei ainda mais irritado com sua resposta e nem sabia o motivo.

''Não fique chateado comigo. ''

''Não estou chateado. Só pensei que fôssemos amigos o suficiente para que pudesse me contar de quem gosta. ''

''A questão não é essa. ''

'' Então qual é a questão? Não confia em mim? ''

''É claro que confio. Já disse que questão não é essa. ''

''É sim. Mas tudo bem, se não quer me dizer, não somos tão amigos quanto pensava. Com isso, acho melhor não sermos mais amigos. ''

''Não, por favor, não diga isso. Tudo bem, tudo bem. Eu digo. ''

Deveria ter me sentido vitorioso por sua resposta, mas, na verdade, me senti culpado por pressioná-la tanto.

Mas então, antes que pudesse voltar atrás, ela já havia digitado uma resposta e ela não podia ter me surpreendido mais.

''O que me diria se eu dissesse que o cara por quem estou apaixonada fosse você. ''

Chocado. Foi assim que eu fiquei com sua declaração.

Mas logo, me lembrei de uma das conversas online que já tínhamos tido.

'' E você William? Tem namorada?''

''Não. Por quê? ''

''Por nada. Apenas curiosidade. Algo me diz que quando tiver, vai tratar sua namorada como uma princesa. ''

''Nossa! Obrigada. '' E você tem namorado? ''

'' Não. Na verdade, nunca namorei. Mas por motivos óbvios, não é?''

'' Por que por motivos óbvios? ''

''Bom, vocês homens são visuais. Isso significa que assim que percebem minha condição, saem correndo. ''

Sua resposta me atingiu em cheio e me incomodou profundamente.

'' Isso é ridículo. Eu não me incomodaria de namorar alguém com sua condição. Isso não te faz menos mulher que qualquer outra. ''

'' Acha isso mesmo? ''

''Sim. Eu acho. ''

Embora eu tenha sido sincero naquela resposta, uma coisa era dizer e outra bem diferente era fazer.

Mas, devo confessar que, parte minha gostou de ser o dono de seu sentimento.

Contudo, outra parte se assustou na mesma proporção e apesar de não me orgulhar disso, sabia que meu receio era em como sua condição afetaria um possível relacionamento.

Com isso, mesmo tentado a aceitar seu sentimento, acabei tomando a decisão que achei mais racional naquele momento.

'' Eu não posso Julie. Fico lisonjeado, mas não posso te corresponder. ''

'' Tudo bem. Só me prometa que nada vai mudar entre a gente ''

'' Eu prometo. ''

Mas eu não consegui cumprir essa promessa, pois, para me proteger fui mudando com ela.

Com isso, logo não conversávamos mais sobre tudo e qualquer coisa. Na verdade, quase não nos falávamos e isso aconteceu porque, apesar da minha negativa ao seu amor, sentia que não fui sincero em minha resposta e com isso, tinha medo de acabar me deixando levar, me envolver por seu amor e querer arriscar. Pior, parte minha, pareceu querer isso.

Mas eu não podia. Por isso, embora sentisse falta do que construímos, era melhor que isso morresse antes mesmo de nascer.

Spin Off De Contratado Para Amar. -Contrato De Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora