E se Julie soubesse da existência do contrato de William e Fernando?
Mas do que isso, e se a forma de pagamento do empréstimo de William, isso é o casamento entre ela e Will fosse orquestrada por ela e não por seu irmão?
O que alguém é capaz de faze...
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Quatro Dias Depois...
Julie recebeu alta ontem.
Mas apesar de estarmos felizes e aliviados por ela estar finalmente em casa, a nossa saída do hospital foi angustiante.
Edson foi nos buscar no hospital e embora tenhamos tido ajuda dos enfermeiros para colocá-la com as pernas estendidas no banco de trás e ela tenha deitado a cabeça no meu peito, isso não aliviou as dores que sentiu durante o caminho.
A cada lombada e buraco, ela alegava entre lágrimas que seus cortes cirúrgicos ardiam e queimavam.
Foi doloroso ver a cena. Mesmo que durante todo o percurso tenha procurado consolá-la com palavras de carinho e beijos em seus cabelos.
E é exatamente por essa cena que hoje não estou conseguindo dormir, porque, não deixo de checar a cada segundo, se Julie está sentindo alguma dor.
De repente, como se estivesse adivinhando, Julie começa choramingar. Eu, que estou dormindo no chão ao lado da nossa cama para que fique mais confortável, porque, está engessada, me ajoelho perto da cabeceira e a vejo acordada com os olhos lacrimejando.
_ Ei, ei. –Sussurro com ternura, tocando sua testa. _ O que está acontecendo? Seus cortes estão ardendo novamente, não é?
_ Sim. –Responde com dificuldade.
_ Droga meu anjo! O que eu posso fazer por você?
_ Deita... Comigo... Me... Abraça. –Pede com necessidade.
Mesmo temendo incomodá-la, não sou capaz de negar um pedido tão carente.
Dou a volta na cama, me apresso a me deitar ao seu lado e a puxo para mim.
Suas costas encostam em meu peito e encaixo o rosto entre seus cabelos, bem próximo da sua orelha esquerda.
_ Calma, anjo. Vai passar. – Sussurro suavemente.
_ Está doendo amor. –Confessa manhosa em meio a dor.
_ Eu sei. Mas eu estou aqui. Eu sempre vou estar.
É uma promessa. Para ela e para mim.
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Seis Meses Depois...
O tempo tem passado rápido. Quer dizer, não tão rápido para Julie, porque, tem sido difícil mantê-la animada e positiva durante esse tempo que tem passado engessada.
Mas isso acaba hoje, pois, após o café da manhã, ela irá ao instituto para tirar o gesso.
Aliás, falando no seu café da manhã, estou levando em uma bandeja para ela até nosso quarto. Algo que tenho feito questão de fazer todos os dias dos últimos meses, não só porque ela não pode descer ao andar de baixo, enquanto não for liberada pelo médico. Mas também, porque tenho gostado de cuidar dela.