Cheiro de Amor

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[Giovanna]

Quando Alexandre saiu daquele escritório, milhões de pensamentos veio a minha mente. Eu não conseguia compreender o que aconteceu ali.

Eu não sentia culpa, não sentia medo, e eu queria mais.

Era estanho, porque durante todos esses meses me segurei muito, não deixava Alexandre se aproximar porque isso me causava medo. No fundo eu sabia, que se eu o deixasse me beijar, nos acabariamos assim.

Meu riso era fácil, a satisfação que aquele homem me trouxe foi incrível, eu não podia ir embora, não podia dizer que estava arrependida. Eu mal comecei. Se for para eu me arrepender, que seja de ter feito tudo.

Eu estava desejando que aquela noite não chegasse ao fim, e desejando sentir mais uma vez meus olhos revivarem.

[Nero]

Desci as escadas me arrumando, tentando não dar pinta de tudo que havia acontecido. É claro que todo mundo ia saber que alguma coisa aconteceu, mas fingi da mesma forma.

Fui até o bar e pedi que ele colocasse algumas cervejas num balde com gelo.

Logo Ota e Rodrigo se aproximaram.

- A festa acabou pra você? - Ota me pergunta-

- Acabou de começar né - Rodrigo faz piada-

- Fala Nero, pra que essas cervejas, as coisas esquentaram lá encima?

- Não, nós dois estamos tendo uma conversa. Ela só não está muito bem e como estamos conversando vamos ficar mais alguns minutos por lá, só vim pegar algo porque está calor. Quente.

- Quente está. E como. -Rodrigo insiste na zoação-

- Para de brincar Rodrigo.

- Você não tem jeito Alexandre Nero. - Ota brinca-

- Tchau galera, até jaja.

- Até amanhã Amor. - Ota zoa-

Cristiane estava dançando mas sai rapidamente para perguntar de Giovanna.

- Tá tudo bem ? - Ela diz recuperando o fôlego-

- Está sim. Estamos conversando. Tá curtindo ?

- Eu tô... mas vocês estão brigando não né? Porque eu acho que ela ficou meio puta...

- Não, estamos só conversando fica tranquila. A gente já vai até descer. Pode curtir

- Tá bom. Gostei de você... deve ser por isso que ela gosta de você, tu passa uma confiança né -Cris diz se afastando nitidamente bêbada-

Subo as escadas sem mais interrupções, bato na porta trancada por dentro, que logo Giovanna abre devagar.

- Muita gente perguntou? -Ela diz agitada-

- Não só Ota, Rodrigo. E a sua amiga. A Cris. -Coloco o balde encima da mesa-

- O que ela perguntou? - Giovanna se aproxima curiosa-

- Perguntou se nós dois estávamos brigando, disse que você tinha ficado puta, e ainda disse que tu gostava de mim - Me apoio na mesa, e a puxo suavemente pelas mãos-

- E você? - Giovanna passava as mãos em meus cabelos-

- Disse que estávamos só conversando. -Deixo beijos em seu pescoço-

- Bom. -Giovanna cheira meu rosto e me deixa um selinho- O que tu trouxe aí?

-Cerveja e uns Amendoins.

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