flor do medo.

Meu vício é você !

Aproveitem o reencontro, começou!!! 🔥

[Nero]

Quando finalmente nos aproximamos após toda aquela gente encima dela, as palavras faltaram da minha parte, só a olhava de cima abaixo sem disfarçar tudo que eu estava pensando.

Giovanna sorriu e veio em minha direção para um abraço apertado.

- Nos reencontramos enfim...

Ela me diz alegre

- Finalmente.

Devolvo o sorriso

Conversa ia, e vinha, todos ali do elenco se conhecendo melhor, falando sobre o projeto mas nós dois, voltamos para o nosso mundo, nossa bolha, apesar de ter conversado com todos, nossas conversas, nossos olhos sempre se voltavam um para o outro.

E ainda sim era confuso entender, voltamos para um projeto onde iremos fazer um casal, mas no decorrer dos anos, Giovanna se quer me falou sobre tudo o que aconteceu, como se fosse apenas um momento, que passou.

Eu também não fui atrás, entendia a minha posição, e preferi somente seguir, com suas lembranças em meu peito.

Me distanciei da mesa com todos, para prestar atenção nas músicas que tocavam.

- Porque você aceitou?

Olhei para atrás e Giovanna estava lá, demorei a entender.

- O que ?

- Porque você aceitou o papel ?

- Eu tenho dois motivos. Um bom e outro ainda melhor, qual quer saber primeiro?

- O bom.
Giovanna se apoia na copa do bar

- O bom é que eu gostei do personagem, meio duas caras, vilão, mas medroso, vai ser divertido fazer ele.

- E o melhor ?

- O melhor é que eu estava com saudade de você.

Me inclino para perto dela, Giovanna sorria enquanto seus olhos caminhavam pelos meus olhos até minha boca, nunca acabou. Nunca.

Shakespeare disse que "Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas". E eu concordo.

Os olhos se comunicam, eles dizem o que você se sente impedido de dizer, é como se eles gritassem, quando a sua garganta não pode gritar.

- Saudades de mim?

Seu olhar fixou em mim e era como se não houvesse mais ninguém ali, só nós dois, no nosso mundo.

- É, saudade de te ver assim, de perto. De sentir teu cheiro com o meu, de te beijar. Saudades, saudades.

- Alexandre...

Desviou seu olhar como se tivesse "voltado pra si".

- Você me perguntou.

-Levo a cerveja aos meus lábios-

Giovana balançava a cabeça em sinal de reprovação enquanto sua feição era tomada por um sorriso.

Naquela noite nós dançamos juntos, bebemos juntos, os olhares por cima dos copos, a necessidade de toque, era uma explosão entre nós ali mesmo, na frente de todos, existia tanta tensão, saudade, que era impossível não querer ir embora daquele bar e matar logo esse desejo.

Eu queria Giovanna, mas saquei esse jogo, esse jogo de provocações, de flertes, então deixei fluir, era perturbador mas era divertido.

Ela estava diferente, não senti que ela tinha medo como antes, me aproximei e ela não se esquivou, deu bola a noite toda, me olhou a noite toda, como se todo aquele medo, aquela insegurança, aqueles nãos, tivessem sumido.