flor do medo.

Compatibilidade de Gênios

[Giovanna]

Li em algum lugar algo que dizia:

Cada pessoa possui uma assinatura energética compatível com aquilo que pensa, sente e acredita. É por meio deste fluído elétrico que os seres humanos se atraem ou se repelem e se influenciam mutuamente à nível psíquico emocional e espiritual.

Assim como dois campos pessoais que vibram na mesma frequência criam um relacionamento, muitas vezes terminam quando a vibração do campo de um dos participantes muda.

Se a vibração de um campo mudar como muitas vezes acontece após um despertar é comum que algumas pessoas se afastem por não conseguirem mais interagir na mesma eficiência e sintonia.

-espiritualidadepura on ig.

A partir da li, perdemos todo o tipo de magnetismo que nos aproxima de uma determinada pessoa e/ou grupo de amigos.

Um dia você acorda na cama de um estranho para tudo o que você vive. Mas em um nível de compatibilidade energética surreal, onde o toque dos corpos parece ser um encontro de almas em corpos diferentes.

Onde as mentes parecem conversar a todo instante, onde o nível de satisfação começa a assustar.

O ser humano tem uma forte pressão no cérebro que nos deixa inseguros, ansiosos, espantados, com exatamente tudo aquilo que não conhecemos verdadeiramente.

O amor é apavorante, porque de fato, o ser humano não conhece 100% os níveis da paixão, do amor, tudo que parece ser grande pode ser pequeno, e vice versa.

É comum que durante essa manhã eu esteja pensando em tudo isso.

Em todos os estudos sobre energia, espiritualidade, sobre o amor, sobre a paixão.

Tudo aquilo que li em livros, assisti em filmes, interpretei em novelas, tudo se passava pela minha cabeça.

Mas nenhuma resposta para aquilo.

Às 5h da manhã me peguei pensando em como explicar para minha própria mente algo que não encontrei explicação nem em livros.

Tentei colocar como imaturidade, como libertinagem. E sinceramente? Quem me dera.

Quem me dera que tudo não passasse de um sexo bom com colega de trabalho, de casualidade, era isso. E muito mais.

O muito mais que me preocupava.

Um homem prestes à ter um filho.
Uma mulher com seus três filhos.
Seus parceiros sabe-se lá aonde.

Tudo bagunçado. Tudo tão errado.

Mas virando me para o lado, assistindo a cena de um cabelo bagunçado, lençóis cobrindo apenas a nudez, o corpo bem definido e o rosto adormecido como de uma criança após um longo dia no parque.

Que errado aquilo era ?

Me peguei com um sorriso no rosto observando seus detalhes e pude trocar de lugar com ele, que sempre me dizia o quanto pensava em mim enquanto eu estava ali.

Pensava em todos os medos que tinham e que eram quebrados naquelas quatro paredes.

Lá, não tinha medo de nada, me peguei sendo leve, feliz, satisfeita.

E ainda que houvesse todo um peso sobre quem somos, sobre nossas próprias vidas.

Estar ali era como voltar para casa após um longo dia.