Era cômico estar nisso novamente, é como se nada nunca tivesse terminado.
Tínhamos a mesma selvageria, mas não o mesmo medo.Rever Giovanna, poder beija-lá, sentir teu cheiro tinha aquele gosto de Paixão Antiga como Tim Maia cantarolava em meus fones de ouvido.
"Meu bem, quando te vi
Tudo voltou e eu compreendi,
Que te amo, quero, adoro sempre mais "Essa mulher era um dos meus desejos mais antigos, e nada secretos.
Nunca soube esconder minha paixão e desejo, durante todos encontros nunca soube disfarçar, e pra ser sincero sequer tentava.
Ela me dava a sensação de coisas novas, apesar de ver em seu olhar o medo, ela me encorajava a querer ser mais, mais pra ela.
E o reencontro foi inevitável, ela que tanto acredita em destino, universo e dessas coisas, será que não percebe?
Em muitos momentos pensei no que poderíamos ter sido, e no outro fomos.
Talvez os Poetas estivessem certos, talvez Platão estivesse certo quando disse que "Ao toque do amor, todo homem se torna poeta".
Meus cadernos, minhas notas nas cordas de violão, meu bloco de notas explicam que é verdade.
Talvez só exista duas formas de se tornar um poeta, quando se ama, e quando se não é amado de volta.
Dor, e amor. Essas são as poesias mais intensas, mais belas.
Escrevo todas para você, meu bem, meu mal.
- Nossos fins, meados de 2015.
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[Nero]
Alguns dias haviam se passado, já tivemos diversos encontros, onde a tensão era gritante, onde os beijos aconteciam pelos cantos, não tínhamos chance de conversar sobre o que estava acontecendo.
Parecia correto manter as coisas de forma casual, manter conversas sérias, conversas sobre a vida pessoal, e nossos relacionamentos, sempre distantes.
Giovanna me provocava de todas as formas, com seus olhares, toques indevidos, que eram muito bem devolvidos.
Nossas cenas já estavam sendo gravadas, e era explosão, sem profissionalismo, sem respeito algum pelas crianças da sala que iriam assistir, sem respeito algum por idosos conservadores, sem respeito algum por aqueles que chamávamos de nossos em casa.
Afinal, beijo com respeito, não é beijo que se preze.
Anos atrás havia me apaixonado por uma pessoa que parecia ter muitos medos, hoje me apaixono a cada dia por uma que não tem medido consequências.
A mesma mulher, com absolutamente tudo diferente, mais do que antes, mas o brilho do olhar? O mesmo.
Seus cabelos louros, seu corpo magro e estrutural, sua fala cada dia mais arrastada pelo sotaque carioca que sua personagem usa e abusa, suas roupas, exatamente tudo muito diferente.
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flor do medo.
FanfictionUma história que contará o romance de Giovanna e Alexandre, desde o primeiro dia que se viram em 2012 até os dias de hoje. Uma aventura cheia de romance, cumplicidade, paixão e muito fogo. Desejo-lhes uma boa leitura !