Te amar é como uma batalha.

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[Giovanna]

Alexandre me levou até a casa de Cris, no carro, não existia tensão, não existia arrependimentos.

A casualidade do momento deu espaço para um nível de insanidade que não conhecíamos um no outro.

Não foi apenas um sexo surpreendente. Foi o desespero um pelo outro, foi o esforço em satisfazer um ao outro, foi o doce sabor de uma despedida.

Quando o carro estacionou enfrente ao condomínio de Cris, tudo era calmo entre nós.

Os olhos de Alexandre sorriam pra mim, e seus lábios me deixaram um beijo intenso.

- Eu sou louco pelo teu cheiro. Teu beijo.

deposita um selinho

- Você acha que a gente vai conseguir?

Falo enquanto me afasto

- Eu não queria nem tentar.

Alexandre coloca as mãos em minha coxa enquanto joga a cabeça em meus ombros deixando um beijo.

Ele era apaixonante, seus toques suaves, suas palavras de desejo, seu romance, seu fogo, tudo aquilo me deixava sem saber como prosseguir, eu que costumo sempre controlar situações, não sabia como me controlar diante disso.

- Você tá me deixando muito confusa.

Passo as minhas mãos entre seus cabelos e levo-as até seu rosto ainda inclinado sob meu ombro

- Eu te deixo confusa? Você me deixa confuso.

- Eu? Porque?

Alexandre volta seu corpo ao banco.

- Não é um bom jeito de a gente encerrar isso, falar dos sentimentos.

- Eu quero saber.

- Quando você estiver pronta pra ouvir. Eu vou te falar. Mas...

Alexandre leva as duas mãos a minha nuca aproximando nossos rostos e iniciando um beijo apaixonado, a lentidão era torturante, era possível escutar nossas respirações falhando em meio ao barulho de nossas línguas se encontrando.

Suas mãos puxam meus cabelos, enquanto as minhas passeiam por seu peito e costas.

Alexandre se desprende do beijo, levando seus lábios ao meu pescoço juntamente com uma de suas mãos.

Ele se volta para mim olhando em meus olhos deixou uma mordida em meu lábio inferior.

- Espero que agora você saiba.

- E eu te deixo confusa?

Alexandre volta a me beijar.

- Me deixa ir. -

Digo entre nosso beijo

Nos envolvemos novamente em um beijo agora mais rápido, ansioso, angustiante.

- Alexandre...

Me afasto de seus lábios que caem até meu pescoço

-É sério, eu tenho que ir.

Nero bufa.

- Tá bom, tá bom...

- Foi bom.

- Foi. Eu vou sentir sua falta.

Com a minha mão livre aperto suas bochechas lhe trazendo para mim, lhe dando um último beijo.

Desço do carro e caminho até a entrada do condomínio de Cris.

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