TREIZE

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Todos se sentaram no estúdio. O empresário Angelo entrou no local, e olhou para Laurence de relance. Angelo era um homem de meia idade, com a estatura de 1,85. Por mais que fosse novo, já tinha boa parte do cabelo grisalho, provavelmente por genética.

— É o seguinte — olhou para Damiano — Alguém nessa porra de banda sabe cantar além do David? — o silêncio tomou conta. — Me respondam, porra!

— Eu. Eu canto. — Laurence olhou para Angelo.

— Ótimo. Vocês sabem que foram nomeados ao Grammy, e pá na na, já tão cansados de saber, né? Então, pra variar um de vocês tinha que fazer merda perto da apresentação. — todos se olharam de forma confusa, enquanto Angelo revirou os olhos. — Não se façam de desentendidos, principalmente você, Damiano. Você quem fez a cagada.

— Oxe? O que foi que eu fiz agora?

— Você sequer olha o celular de manhã? Estão literalmente espalhando que você assediou duas garotas e você se faz de sonso?

— O que?! Mas eu não fiz nada! Como pode acreditar em rumores tão fácil? Eu li essa notícia mas ignorei, pois pensei que você conseguisse resolver, afinal, você é nosso empresário. — Damiano levou um tapa no rosto, arregalando os olhos em seguida.

— Cala a boca. Não tente se explicar, a merda já tá feita. A novata aí vai cantar no seu lugar e você vai fingir demência, fingir que não existe e ficar fora das redes sociais por um bom tempo, tá me escutando, porra? — o vocalista afirmou com a cabeça. Laurence estava assustada, não imaginou que Angelo pudesse ser tão rude daquela forma.

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Apesar de não ser tão criativa, Laurence auxiliou os diretores de performance a planejar como seria a apresentação, desde figurinos a estrutura de palco.

— Como estaremos em apenas quatro, seria legal se todos recebessem o mesmo destaque. Então, pra isso, eu pensei em termos uma espécie de elevação no palco, onde ficaria Ethan com sua bateria, alto o suficiente para passar da estatura de Vic, Thomas e eu. Aproximadamente um metro e noventa ou dois metros considerando que Thomas mede 1,87. — a diretora principal de performance anotava todas as ideias de Laurence numa espécie de agenda.

— Vai ser dois metros. Pode continuar, suas ideias são boas.

— Nessa elevação poderia estar estampado o nome da banda, Måneskin. Acho que seria foda. — sorriu, imaginando. — Na parte onde eu, Vic e Tom iremos ficar, poderia ser plano. Totalmente plano, considerando que nós três nos movimentamos muito durante a performance. Eu gostaria que tivessem bastante luzes, bastante mesmo, bem brilhantes.

— Ótimo. Para maquiagem e figurino, o que você pensou?

— Para o figurino, eu pensei em estilizar um cropped feito com uma cueca branca da Calvin Klein para Vic, coberta por um segundo cropped vermelho "transparente", um short preto cintura alta, com uma bota de salto fino vermelha no mesmo tom do segundo cropped. No cabelo ela poderia usar presilhas vermelhas e brancas no amarrador, afinal, pensei que pudesse prender o cabelo num rabo de cavalo alto.

— Garota, você foi a melhor escolha para entrar pra banda.

— Obrigada! — sorriu. — Para Ethan, uma calça boca de sino vermelha e um cropped da mesma tonalidade com um sapato preto já estaria ótimo, e no tema que imaginei. Para Thomas o contrário, o sapato vermelho e a roupa preta brilhante.

— Perfeito. — continuou anotando.

— Por último eu, para mim pensei num vestido vermelho, de comprimento curto e com um decote médio, bem justo marcando bastante meu corpo. Um salto alto preto estaria PER-FEI-TO! Para penteado pensei em tranças boxeadoras, com presilhas brancas para decorar. — sorriu, e continuou falando suas ideias que agora foram de figurino para maquiagem.

Além De Amar | MåneskinOnde histórias criam vida. Descubra agora