DIX-HUIT

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Laurence sentia-se perdida. Ela lutava contra a depressão há anos e, apesar de todo o esforço que colocava em tratamentos e terapias, sentia que nada parecia funcionar. Ela se via afundando cada vez mais em um buraco negro, sem esperança de conseguir sair. As palavras dos outros pareciam vazias, sem sentido. "Isso vai passar", "Você é forte o suficiente para superar isso", "Não desista". Tudo isso parecia tão fácil para as pessoas dizerem, mas para Laurence, nada disso parecia fazer sentido. Ela se sentia sozinha, como se ninguém pudesse entender o que estava passando. Ela pensava em todas as pessoas que amavam, mas não conseguiam ver como a presença delas poderia ajudá-la. Ela se sentia como um fardo para aqueles ao seu redor, um peso que todos tentavam carregar, mas que nunca poderia ser aliviado. Enquanto estava sentada em seu quarto escuro, Laurence começou a pensar em todas as possibilidades. Ela se perguntava se a vida realmente valia a pena ser vivida, se todas as dores e dificuldades valiam a pena. Ela se perguntava se o mundo seria melhor sem ela, se as pessoas ao seu redor seriam mais felizes sem sua presença. Laurence se viu pensando em um futuro sem ela nele. Ela se perguntava se as pessoas sentiriam falta dela, ou se logo esqueceriam sua existência. Ela imaginava como seria a vida sem a dor constante que sentia em seu peito, sem a sensação de estar presa em sua própria mente. Então, ela começou a considerar a ideia de acabar com tudo. Ela se perguntava se a morte seria a solução para todas as suas dores e angústias. Ela se perguntava se, finalmente, encontraria paz. Esses pensamentos envolviam sua mente constantemente, até que ela chegou a um ponto em que não conseguiu lidar mais com eles sozinha. Foi nesse momento que Laurence ouviu que precisava de ajuda, que precisava conversar com alguém e encontrar uma maneira de superar seus sentimentos suicidas. Mas ela evitou isso.
Com esses pensamentos dominando sua mente, ela decidiu tomar uma grande quantidade de remédios para acabar com tudo.

"Eu vou a levar para o hospital com meu carro!" Uma voz masculina ecoava pelos ouvidos de Laurence, praticamente inconsciente.

"Cale a boca, Ethan! Eu mesmo a levo!" Outra voz masculina continuou. Sentindo-se cada vez mais sonolenta, Laurence se entregou à inconsciência total.

Horas depois, ela acordou em um estado de confusão. Tudo ao seu redor parecia turvo e indistinto. Por um momento, ela se perguntou se realmente estava viva, ou se havia morrido e acabado em algum tipo de limbo. Mas, aos poucos, as coisas ficaram mais claras, e Laurence ouviu que estava em um hospital.
Quando abriu os olhos, viu o rosto de Damiano olhando para ela com amor e preocupação. Ele estava molhado pela chuva, e Laurence percebeu que ele havia corrido até o hospital com ela nos braços.

— Você está bem? — perguntou Damiano, preocupado.

Laurence não sabia como responder. Ela se sentiu grata por ele ter salvado sua vida, mas ao mesmo tempo, sentiu-se envergonhada e humilhada por ter tentado acabar com tudo.

— Eu... eu não sei. — murmurou ela. Damiano apertou sua mão gentilmente e sorriu para ela.

— Não se preocupe, querida. Estou aqui para cuidar de você.

Laurence olhou para ele com um misto de gratidão e admiração. Ela não conseguia entender como alguém estava se importando tanto com ela, quando ela mesma não se importava nem um pouco.
Enquanto estava no hospital se recuperando, Laurence começou a perceber que talvez existisse mais na vida do que ela havia pensado. Ela começou a ver o amor e o cuidado que Damiano tinha por ela, e ouviu que tinha muito a agradecer por ter sido salva naquele momento de desespero, onde ele havia implorado para os médicos salvarem ela.

 Ela começou a ver o amor e o cuidado que Damiano tinha por ela, e ouviu que tinha muito a agradecer por ter sido salva naquele momento de desespero, onde ele havia implorado para os médicos salvarem ela

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Além De Amar | MåneskinOnde histórias criam vida. Descubra agora