✿08 - Quando o dinheiro voa para outra mão✿

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Acho que a primeira coisa que aprendi naquela viagem é lidar com imprevisto, tínhamos sempre vivido seguros e confortáveis pelo nosso status e dinheiro, e por mais que eu tivesse amigos com realidades diferentes da minha, eu não tinha a verdadeira...

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Acho que a primeira coisa que aprendi naquela viagem é lidar com imprevisto, tínhamos sempre vivido seguros e confortáveis pelo nosso status e dinheiro, e por mais que eu tivesse amigos com realidades diferentes da minha, eu não tinha a verdadeira noção de passar por dificuldades.

— Las Vegas? Está nos dizendo que sua namorada está em Las Vegas? Estamos sendo usados para fazer um assalto a um cassino; não é um filme de terror, mas sim um thriller policial com sequestro e manipulação — meu avô reclamou.

— Não é um grande desvio, vô, e devemos a ele.

— Valeu, garoto. — Wade apertou meu ombro e sorriu, vi pelo espelho do carro.

— É Peter e... tenho 18, não sou um garoto — pigarrei e me ajeitei no banco.

— Com essa cara de Baby Boy!? — Ele colocou as mão atrás da nuca. — Mas então vocês estão indo atrás do grande amor do vovô...

— Quem te contou isso? — meu avô perguntou olhando para o Wade e depois para mim que baixei o olhar. — Não quer passar as nossas senhas do banco para ele?

— Não é má ideia — Wade brincou e meu avô o olhou irritado. — Que ranzinza, não era para, no mínimo, você fingir ser legal? O cowboy não vai te querer desse jeito, talvez tenha uma chance se ele tiver na pior, é rico não é!? Fazemos muitas coisas dolorosas por grana.

— Quer ser jogado para fora do carro?

Eu não sabia o que falar, estava até muito quieto; meu avô, às vezes, me olhava, deveria estar achando estranho. O que eu deveria dizer? Queria perguntar um monte de coisas, mas nada saia. E naquelas poucas horas juntos, tentava compreender como alguém que eu tinha acabado de conhecer mexia tanto comigo.

— E... e sua namorada ela mora em Las Vegas? — Finalmente criei coragem de dizer algo.

— A família dela é de lá, levaram ela para lá — ele respondeu e se inclinou para frente. — E esse cowboy, como ele é? Uhuu, deve ser o cara, para ter aguentado toda essa energia negativa.

Meu avô só não tinha tentado ainda esganar ele porque estava dirigindo.

Notei que ele desviou do assunto da namorada, pensei que apesar dele ter se jogado no nosso carro e ser um tanto suspeito, ele também podia estar desconfiado de nós. O quanto língua solta e negligente eu teria sido por já ter abrido o bico sobre o motivo da nossa viagem.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora