No mesmo dia que é pego beijando um garoto, Peter e sua família descobrem que seu avô está com Alzheimer, deixando um dia complicado pior.
Tony, o avô de Peter, logo após o diagnóstico, confessa muito angustiado que teve um relacionamento proibido...
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Tenho pensado muito sobre minha relação e do meu filho durante essa viagem, sou preenchido de lembranças, mas não só as de Steve, as do meu filho tem também um grande espaço. Queria poder dizer que Richard estava errado sobre como não pensei em ninguém além de mim quando decidi ir atrás de Steve; as únicas dores que eu temia eram as minhas, meu medo era da rejeição, não de como minha presença poderia interferir na vida dele. No fundo, eu ainda guardo ressentimento, um amargo e ridículo ressentimento, não pelas coisas que aconteceram em 73, mas porque ele pode ser feliz com uma mulher. É, eu não sou uma pessoa iluminada, nem de longe tão boa, estou velho demais para fingir ou esconder as minhas piores partes.
Me sinto magoado comigo mesmo por isso, porque sei que ele não tem culpa pelas coisas que passei. E, mesmo assim, me acho no direito de ir até ele, não somos mais garotos, ele não me deve nada, aquele verão ficou há tanto tempo para trás... os sorrisos, as lágrimas... e, ainda sim, guardei ele como a minha mais preciosa lembrança.
Minha mãe era uma mulher excepcional, eu diria a frente do seu tempo, não que ela não tivesse falhas, mas ela era o meu maior exemplo de caráter, talvez sem ela eu teria sido uma pessoa muito mais cretina e possivelmente até vil. Lembro dela naquele verão, principalmente dos seus sorrisos, quando fomos embora seus sorrisos foram sumindo, como uma luz que vai se apagando.
Ela estava com meu pai, avô e tios na sala. Eu, Natasha e Rhodey ouvíamos a tediosa discussão política sobre a corrida espacial. Isso foi logo depois de eu pular do alto do lago e Steve me salvar.
— A corrida espacial é importante politicamente para os Estados Unidos, Sr. Stark, ter essa vantagem em cima da União Soviética, estamos em tempos difíceis com eles — Terrence argumentou.
— Estamos sempre em tempos difíceis, mal saímos da segunda guerra e já começamos outra... — meu vô reclamava fumando um charuto, sentado na sua velha poltrona.
— Nosso exército saiu do Vietnã já vão fazer dois anos — Terrence salientou.
— E ainda estamos no temor de uma próxima guerra — meu avô lamentou sem se importar com Terrence olhando a foto do meu tio na lareira.
