✿32 - Quando a nossa música toca✿

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Como serão minhas manhãs quando o Alzheimer me consumir? Quando eu abrir meu olhos pela manhã quais serão meus primeiros pensamentos? Ficarei assustado ou simplesmente minha mente estará tão inerte que não fará diferença estar acordado ou dormindo...

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Como serão minhas manhãs quando o Alzheimer me consumir? Quando eu abrir meu olhos pela manhã quais serão meus primeiros pensamentos? Ficarei assustado ou simplesmente minha mente estará tão inerte que não fará diferença estar acordado ou dormindo? Esses meus pensamentos quando acordei pela manhã se misturavam com as lembranças do sonho que tive com Steve. Ele nunca me procurou, não queria me ver, minha mente repetia. Mas eu não deveria culpá-lo e ficar chateado, levantei e fui até o andar de baixo, encontrei Richard, Peter e Wade tomando café na beira da piscina.

— Já está se acostumando com a ideia de ter um genro? — falei me sentando do lado Richard. Meu neto e Wade estavam mais afastados.

— Vejo que acordou bem, deve ter superado o seu quase luto.

Peter veio em nossa direção com Wade atrás dele.

— Vovô, está melhor?

— Ótimo, acabei de irritar seu pai.

Peter olhou para Richard, deveria estar verificando algum resquício de uma possível discussão.

— Ah, Tio Patinhas, ontem foi complicado, quase ficou viúvo. Doeu muito ver um velho ranzinza, burguês chorando daquele jeito na árvore que representa seu amor proibido.

— Você não ia embora? — Cruzei os braços, acho, Peter pareceu apreensivo.

Me senti culpado pela pergunta, já tinha causado algumas mágoas a Peter naquela viagem, não precisava tocar na partida de Wade.

— Ele vai ficar... — Peter parecia incerto. — Não vai? Vamos dar uma carona para ele voltar, certo?

Ficamos em silêncio, esperei Richard e Wade se pronunciarem; dessa vez, eu não me meteria. Richard só deu um olhar de desdém dando de ombros; Peter sorriu, afinal aquilo significava que meu filho não se opôs à ideia. Não lembro exatamente o que Wade fez depois, mas logo os dois estavam na beira da piscina, conversando.. A moça Odinson tinha saído cedo, então estávamos a sós na fazenda. Olhei a revista de Peter, em cima da mesa e franzi a testa. Folheei e vi o teste "Quão gay você é?" Lembro de ter pensado que eu iria gabaritar aquilo e fiz o teste pelo tédio.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora