✿33 - Quando cedemos✿

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Ver meu avô chorando por Steve foi tão doloroso

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Ver meu avô chorando por Steve foi tão doloroso. Quando se entende que não temos controle sobre a maioria das coisas, se tem duas opções: viver sempre preocupado com o futuro e em como podemos consertar as coisas, ou viver cada dia de uma vez, aproveitando de suas pequenas alegrias. Eu ainda não defini qual opção viverei, tem dias que me desespero e quero consertar tudo, o mundo e pessoas, pela minha filha, minha família, por aqueles que não tem poder aquisitivo que eu tenho. Em outros dias, eu só vivo o momento, esses são os dias que sou mais feliz.

Naquela manhã nos divertimos juntos, decidi deixar de lado o fato dele ter desistido de achar Steve, ele já tinha desistido uma vez e voltado atrás, talvez ele só precisasse de um tempo. Quando o sol estava alto no céu brilhando intensamente decidimos usar a piscina, meu pai caminhava até a beira da piscina, estava com uma bermuda e camisa. Wade ficou olhando enquanto ele tirava a camiseta e eu o olhei irritado.

— Sério? — resmunguei.

— Não sou cego, Baby Boy, seu papai é muito sexy, não é porque eu te peguei que não posso continuar achando sua família sexy. — Fiz uma careta e meu pai olhou Wade enrugando o rosto em uma expressão contrariada. — O que me deixa feliz é saber que daqui uns anos você vai estar daquele jeito.

— Espera, eu não te agrado o suficiente agora?

Ele me olhou de cima a baixo.

— Por que será, Baby boy, que comemos frutas maduras, não verdes?

Ele tinha um ponto, mesmo que fosse estranho e muito questionável. Balancei a cabeça negativamente e ele acenou para o meu pai. Meu avô comentou algo e meu pai cruzou os braços, falou algo depois pulou na água. Aquele momento me deixava muito feliz, mesmo que ainda não tivéssemos conversado sobre nossa discussão no estacionamento. Eu e Wade estávamos do lado oposto da piscina que meu avô, estavamos deitados nas espreguiçadeiras.

Olhei Wade mexendo no celular, suspirei, nem acreditava que tínhamos nos acertados, que o tinha beijado e feito sexo com ele. Toquei sua mão, ele segurou minha mão sem tirar o olho do celular. Escutei barulho de água e meu pai estava na beira da piscina, bem na nossa frente, gelei na hora, puxei a mão, mas Wade a segurou, tirou o olho do celular e encarou meu pai com um sorriso.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora