✿15 - Quando existe desejo e raiva✿

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Quanto mais próximo estamos da Califórnia mais eu lembro, porém essa viagem está cheia de imprevistos

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Quanto mais próximo estamos da Califórnia mais eu lembro, porém essa viagem está cheia de imprevistos. Meu neto poderia ser um grande manipulador calculista, a forma como ele jogava cartas revelava o potencial, melhor que ele, só Richard, porém meu filho nunca levou isso para fora do jogo, e, no fim, eu preferia assim. Fui até o bar pegar uma bebida, não lembro se foi para mim ou se o pirralho pediu algo para beber, lá vi Wade conversando com uma garota. Estavam flertando. Quando me viu, ele se aproximou.

— Posso pegar uma suíte? — O olhei e cerrei os olhos. — Pensei que fosse o cara, sabe? Você não pode tudo?

Ele estava meio embriagado? Não tenho certeza.

— Não vai me enganar com esse papo furado, se quer ser malandro pelo menos melhora a manipulação.

— O Baby Boy tá chateado? Ele parecia chateado.

— E que diferença isso faz? Não pode fazer nada por ele, só ele pode se ajudar. É assim que funciona, sabe disso; demonstrar pena ou essa cara que está fazendo dá a entender outra coisa.

— Que coisa?

Ri.

— Agora você está sendo tão óbvio como meu neto. Se gosta dele, por que deu um pé na bunda dele?

— Ingenuidade, desejo e raiva não combinam, não quando se tem sentimentos. — Foi o que ele respondeu bebendo tudo o que tinha no copo dele. — Ei docinho, o tio Patinhas é o cara, por isso temos um quarto, vamos fazer a festa do pijama, será que vendem pijama de unicórnio por aqui?

Ele saiu com a moça abraçada nele. Pensei no que ele disse. Me lembrei do desejo que sentia por Steve.

Fazia dois dias que eu me esforçava para ajudar nas tarefas da fazenda, de forma bem patética pelo jeito que Steve ria da minha cara. Joguei a pá no chão, irritado; eu era infantil e ficava irritado quando as coisas não saiam como eu queria. Gosto de lembrar como nosso relacionamento evoluiu e como me esforcei para ele me desculpar; no final, eu queria ficar do lado dele, se não houvesse o interesse romântico, eu já teria desistido das tarefas da fazenda.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora