⁠✿35 - Quando chegamos até nosso objetivo⁠✿

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Eu não pensei que fosse possível depois de tantos anos alguém ter o mesmo efeito sobre você, uma pessoa que você não vê e não fala há anos, mesmo que vocês sejam diferentes tanto em aparência como pessoa

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Eu não pensei que fosse possível depois de tantos anos alguém ter o mesmo efeito sobre você, uma pessoa que você não vê e não fala há anos, mesmo que vocês sejam diferentes tanto em aparência como pessoa. A simples presença dela faz seu mundo virar de cabeça para baixo, mesmo você achando que seu mundo já tenha sido derrubado. Com 60 anos, eu não imaginei me sentir como um adolescente, com minha pele, inebriado de paixão formigando e com medo. Fiquei com medo porque estava feliz, porque antes do Alzheimer me consumir eu pude experimentar mais uma vez aquela sensação.

Aquele momento foi um turbilhão, então minha memória está bagunçada, sei que Wade, Peter e Richard falaram alguma coisa. Quanto mais Steve se aproximava mais nervoso eu ficava. Em seus 62 anos, Steve Rogers, estava lindo e perfeito, sua barba e o cabelo eram uma mistura de um loiro escuro e alguns fios brancos, agora eram mais curtos. As rugas não diminuíram sua beleza, muito pelo contrário, trazia um ar de experiência. Ele estava mais forte, musculoso, como podia ter aquele corpo com 62 anos? Ele usava uma camiseta lisa azul escura, e estava de bermuda e tênis marrom.

Ao seu lado, tinha uma mulher de cabelos e olhos castanhos, branca, deveria estar na casa dos 50, era bonita e usava um vestido que ia até o joelho. Peggy, deduzi; me senti pequeno perante a figura dos dois, andando de mãos dadas. Me virei para Richard.

— Eu quero ir embora. — Fechei os olhos esperando que tudo sumisse, que Steve e sua esposa que frequentavam a igreja, que eram o casal que cristões elogiavam, sumissem. Ouvi vozes e senti o toque de alguém, era Ric. — Por favor.

— Pai.

Olhei para Richard que me encarava compassivo.

— Não deveria ter feito isso... — balancei a cabeça. — Diz qualquer coisa para ele e me leve embora.

— Tony!? — A sua voz era como uma melodia que atingiu meu corpo me fazendo estremecer, achei que meu coração sairia do peito.

Apertei a mão de Richard, e meu corpo de forma automática olhou na direção da voz. Não consegui dizer nada, só fiquei o encarando. Me questionei se eu realmente fiz aquela viagem pensando em encontrá-lo ou no fundo eu sempre soube que fugiria quando chegasse perto de vê-lo, e no final era só uma desculpa para dizer que eu tentei e me sentir menos culpado. Lembro de Richard apertar minha mão o olhei, ele olhou para Steve, parecia não saber qual atitude tomar.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora