✿ 09 - Quando o passado nos magoa ✿

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Talvez essa história não deva ser contada, talvez eu não deva ficar relembrando

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Talvez essa história não deva ser contada, talvez eu não deva ficar relembrando. Eu deveria realmente estar indo atrás dele? Me questiono agora no carro, enquanto vejo o sol quase perto do horizonte. Ser roubado não estava no meus planos; na verdade, não deve estar no planos de ninguém; ou pessoas pobres têm planos para roubos? Não importa, eu tinha que dar um jeito e foi o que fiz, lembrei que Stephen estava em um congresso em Chicago, o Alzheimer não tinha fodido com essa memória, não estávamos longe. Só esperava que a gasolina desse até chegarmos.

— É uma sorte ele estar por perto, principalmente porque ele não vai nos entregar para meu pai. — Acho que Peter disse isso enquanto carregava nossas coisas e íamos em direção ao carro.

Ele tinha verificado onde o kamikaze estava, para minha felicidade já tinha ido embora. Meu neto era um garoto doce e ingênuo, e pelo jeito tinha um péssimo gosto para homens.

Entramos no carro e saímos, quando estávamos indo para a estrada o vimos; ou foi quando já estávamos na estrada? Que azar, por que ninguém atropelou ainda? pensei, porém meu neto abriu um sorriso tão genuíno. Que bobo, pensei. Eu era assim, não era? Com Steve eu era um grande bobo apaixonado, mas com certeza aquele maluco não era para meu neto o que Steve é para mim. O pirralho me olhou como um cachorrinho e eu respirei fundo revirando os olhos.

— Depois não diz que não avisei e já aviso que jogo ele do carro se me irritar.

— Tá bom, obrigado, vô. — Ele baixou o vidro do motorista, Peter que dirigia. — Oi, procuramos por você...

— Você procurou — o interrompi —, por mim iríamos embora sem nem se dar o trabalho.

Peter parou o carro e Wade baixou o corpo olhando pela janela.

— Vamos para Chicago, tem um conhecido lá, podemos te deixar por lá; o que acha? Até em Las Vegas, digo, se der tudo certo em Chicago.

— Ohh, você realmente gosta de mim...Tio Patinhas — o maluco zombou e Peter quase teve um colapso. — Eu sabia que no fundo me adorava.

— Claro... meu avô... ele com certeza te adora. — Peter estava vermelho e as palavras saíram todas com o som esganiçado.

Isso ele puxou da avó, Pepper não era boa em disfarçar; eu podia ser um bobo apaixonado com Steve, porém não fazia esse papel. O maluco deve ter notado os sentimentos do meu neto, antes mesmo de Peter tê-los notado, já que eu notei antes dele abrir o bico.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora