✿17 - Quando exploramos novas sensações✿

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Você fica velho e fica nostálgico e acaba repetindo as mesmas frases que quando mais jovens desdenhou

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Você fica velho e fica nostálgico e acaba repetindo as mesmas frases que quando mais jovens desdenhou. Eu não vou dizer que na minha época era melhor, não era! Mas os jovens de hoje têm sorte, mais do que a minha geração teve ou as que vieram depois de mim por mais 20 ou 30 anos. Olho os mais jovens e penso no que perdi, mas também em como eles e eu perdemos energia com coisas desnecessárias. Um casamento falido, um problema que não é seu, tentar ter aprovação de quem no fundo é medíocre.

Odeio ficar velho, apesar de amar a experiência e o fato de me importa cada vez menos para as coisas, mas é um tanto degradante começar a ser os clichês da terceira idade, pelo menos eu não virei aquele que não para de falar do seu passado. Mas não pensei que viraria o clichê do velho nostálgico desmemoriado. Então, eu lembro o tempo todo nessa viagem, me afogo nelas... como se eu pudesse atravessar o tempo e voltar a estar com ele.

Depois do nosso primeiro encontro, no campo dos girassóis, quando finalmente decidimos ficar juntos, voltamos mais três vezes naquela semana, trocamos carícias e beijos. Steve era mais contido e, no fundo, eu sabia que para ele era um desafio e um grande pecado estar comigo. Quando beijei o pescoço dele, ele deu um quase salto, se sentir bem e talvez excitado com o meu ato, deve tê-lo deixado chocado. No final, ele aceitou aos poucos meu beijo naquele local que lhe era sensível, os sons que saiam dos seus lábios me deixavam inebriado de paixão. Porém, nesses três encontros, beijar seu pescoço foi a ação mais maliciosa que cometemos.

Estávamos no lago, dessa vez sem chuva, fiz questão de consultar os cucos da previsão do tempo e Steve confirmou a previsão dos pássaros. Eu pulava nas costas de Steve tentando fazer ele mergulhar, ele me puxou e me jogou na água. Mergulhei e puxei suas pernas, ele desceu, vi um buraco no fundo do lago e apontei. Onde estávamos não era tão fundo. O olhei dizendo que precisamos descobrir o que tinha ali. Adolescentes imprudentes e dois garotos burros! Peguei um galho no fundo e cutuquei o local, nos olhamos e demos de ombro, nessa distração, uma cobra d'água saiu do buraco e mordeu Steve. Fiquei desesperado, subimos para a superfície.

— Você tá bem? É claro que não. — O braço dele sangrava. — Não deveria ter mexido no buraco, sempre diz que só faço merda, por minha causa você se machucou.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora