✿31 - Quando a lágrimas caem✿

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Me lembro quando fiz aquela escrita na árvore, no nosso Verão

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Me lembro quando fiz aquela escrita na árvore, no nosso Verão.

O final do verão se aproximava, sabíamos que esse momento chegaria e, por muitas vezes, achei que Steve desejava que tudo terminasse logo; mas próximo do fim, ele parecia desejar, como eu desejava, que aquele verão nunca terminasse. Depois de tudo que eu disse e chorei no campo dos girassóis, fazendo ele prometer que nunca me esqueceria, Steve ainda demonstrava medo. Nos seus olhos eu ainda via o autoflagelo, como se um dia ele fosse ser julgado por Deus. Ele não tomou mais a iniciativa para transarmos, ele esperava por mim, e quando transavamos ele olhava em meus olhos, depois ficávamos deitados conversando. Às vezes, ficávamos quase o dia todo juntos, inventamos desculpas, assim meu avô dispensava Steve de suas tarefas para me vigiar a pedido do meu pai.

Estávamos na casa de Steve, ele penteava o cabelo da mãe dele, ela estava um pouco debilitada, naquele dia acordou mal e Stee ficou para cuidar dela; eu fui até lá ficar com ele. Discutimos, não a sério, hoje vejo que era nossa linguagem de amor, é engraçado isso, éramos diferentes, quase como água e vinho, por isso acredito que nos completávamos tão bem, o que gerava discussões.

— Isso é ridículo, Tony — ele resmungou franzindo a testa.

— Você é muito antiquado, parece um dinossauro velho — retruquei mordendo uma maçã.

— Por achar errado que pessoas deveriam ser demitidas por fazer um café ruim?

— É quase um crime, Stee. Não acha, Sra Rogers? — Ela me olhou e sorriu, naquele momento ela já estava melhor.

— Você acha que minha mãe vai concordar com esse absurdo? Todo rico é cretino assim?

— Vocês são adoráveis juntos — Sarah comentou e colocou a mão no queixo um pouco pensativa. — Me fazem lembrar um pouco seu pai e eu; bom, na adolescência eu era um pouco linguaruda, não tanto quanto você, Tony, e nem tinha dinheiro para ser tão cretina — Abri a boca fingindo estar ofendido. — E seu pai sempre foi um ranzinza, como você, querido.

— Quê? Tá concordando com o que esse cretino fala de mim?

Ela riu.

Quando Sarah estava bem, ela era muito divertida, quando ela e minha mãe se juntavam era hilário e constrangedor para mim e Steve, que éramos expostos com histórias constrangedoras. Fiquei quieto apenas observando ela e Steve conversando, pensando que ela tinha nos comparado não com dois amigos, mas como um casal. Será que Steve tinha notado? Aquilo significava algo? Não. Tratei de tirar qualquer fio de esperança dentro de mim, ter aquele sentimento era perigoso pois sempre levava a decepção.

Quando eu tinha 60 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora