34. Descoberta

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— Professor Lupin — Hermione conseguiu resmungar. Snape estava no meio da sala, ainda tentando apaziguar a coruja. O professor de Defesa deixou de observar Snape para olhar para ela e, vendo a expressão de horror em seu rosto, contornou a mesa e seguiu seu olhar até o rato.

Seu rosto empalideceu e ele cambaleou alguns passos para frente, agarrando-se às costas da poltrona mais próxima para se apoiar.

— Severus!

Tonatiuh, percebendo que os outros ocupantes da sala haviam descoberto o problema mesmo que seu mestre não tivesse, de repente se acalmou, pousando no antebraço estendido de Snape sem fazer barulho.

Snape balançou a cabeça, incrédulo, e caminhou até o poleiro dela, que ainda estava no canto da sala, persuadindo-a de seu braço até o degrau de madeira, impacientemente.

— Eu não sei o que há de errado com isso... — ele começou a dizer, interrompendo-se quando finalmente se virou e olhou para Hermione.

— O que é?

Ele olhou para Lupin e então seguiu o olhar de ambos até o chão.

Ela finalmente encontrou voz suficiente para sussurrar: — É Pettigrew.

Assim que a compreensão surgiu, Snape agiu mais rápido do que qualquer um deles. Ele sacou sua varinha, apontando-a firmemente para o rato, mesmo do outro lado da sala.

— Lupin, pegue sua varinha — ele ordenou, aproximando-se. — Hermione, dê um passo para trás.

— Mas...

— Não discuta. Apenas faça o que eu digo, pelo menos uma vez — ele retrucou.

Ela recuou um pouco pela sala, ficando de pé para poder ver o que estava acontecendo. Lupin não se mexeu; ele estava olhando para o rato com uma expressão pálida e chocada no rosto.

— Lupin! — Snape retrucou novamente. — Pegue sua varinha! Ele pode não estar morto.

Como se estivesse saindo de um transe, o professor de Defesa finalmente conseguiu obedecer, sua varinha tremendo levemente em suas mãos. Hermione percebeu que as narinas dele estavam dilatadas e ele respirava rapidamente pelo nariz; sua expressão chocada pareceu se transformar de repente, e havia um brilho estranho em seus olhos, de antecipação e triunfo. Foi enervante ver tal expressão no homem normalmente plácido.

Ela se virou para Snape, que se aproximava lentamente do rato imóvel, sua varinha ainda apontada firmemente para sua pequena forma. Ele lançou um feitiço que Hermione não reconheceu, e o rato brilhou por um momento.

— Morto? — Lupin questionou com voz rouca, mas Snape balançou a cabeça incerto. Ele lançou outro feitiço, com sílabas ligeiramente diferentes do primeiro, mas com o mesmo resultado.

— Pode ser um truque — disse ele, olhando atentamente para o rato. — Quando um Animago permanece em sua forma animal por longos períodos de tempo, sua anatomia é alterada. Eles não respondem mais corretamente a feitiços projetados para humanos, mas também não são realmente animais.

— Só há uma maneira de descobrir — disse Lupin. — Força-lo a retomar sua verdadeira forma. Devemos nós?

Snape olhou para ele por um momento, assentiu e depois se virou para Hermione.

— Pegue sua varinha e fique longe — ele instruiu.

Não havia espaço para discussão em seu tom, então ela fez o que lhe foi dito, o pedaço de madeira tremendo levemente em sua mão até que ela apertou com mais determinação.

Com um forte aceno de Snape, os dois bruxos ergueram suas varinhas em um movimento espelhado. Nenhuma palavra foi dita, mas houve um clarão de luz ofuscante e um estrondo que o acompanhou!

Before the Dawn | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora