Before the Dawn | Sevmione

11. Progresso

Na manhã seguinte, Hermione ficou aliviada ao ver Snape tomando café da manhã, parecendo tão mal-humorado como sempre, mas aparentemente ileso. Poções foram suas primeiras aulas naquela manhã, e ela desceu para as masmorras com Harry, então se separou dele quando eles entraram na sala de aula, cada um sentado com seus respectivos parceiros.

Hermione observou de seu assento atrás de seu amigo enquanto ele trocava olhares frios com Malfoy. Apesar da antipatia um pelo outro, eles pareciam estar se dando bem o suficiente para trabalharem juntos agora. Harry precisava de uma nota decente em Poções para entrar no treinamento de Auror, e Malfoy tinha um talento natural para a arte. Ela se perguntou o que o sonserino pensaria de seu novo encontro com Snape?

O mestre de Poções entrou na sala de aula vindo de seu escritório, carregando uma pilha de pergaminhos que eram suas últimas redações.

— Adequado — ele comentou enquanto os distribuía. — Por mais adequado que seja, não será suficiente na minha aula. Não espero nada abaixo de Excelente de meus alunos e, caso não receba isso no futuro, você ficará sem vaga nesta disciplina.

Hermione tentou chamar a atenção do professor quando ele devolveu o pergaminho para ela, mas ele a ignorou resolutamente. Um pouco chateada, embora soubesse que ele não agiria diferente do habitual em público, ela olhou para sua redação. Virando para a última página, ela ficou satisfeita ao ver 96% rabiscados no canto inferior, mas igualmente surpresa ao ver algumas linhas de texto acima daquela tinta vermelha característica que ele preferia.

Ela raramente recebia qualquer feedback sobre suas redações de Poções. Parecia que, no caso dela, Snape havia distorcido o velho ditado, então se ele não tinha nada desagradável para dizer, ele não disse nada.

Ela olhou com curiosidade para o mestre de Poções, que estava do outro lado da sala, antes de baixar os olhos novamente para ler seus rabiscos:

Discutiremos nosso acordo esta noite. Após o jantar, vá para o corredor leste do primeiro andar. Há uma porta perto do retrato de Ignatia Wildsmith. Ele abrirá exatamente às seis e cinco minutos. Não se atrase.

Ela sorriu momentaneamente com a ironia de Snape passando anotações na aula, então enfiou o pergaminho em sua bolsa e começou a trabalhar em sua poção.

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Depois do jantar, ela encontrou o retrato e a discreta porta de madeira ao lado com apenas um minuto de sobra. O corredor estava vazio; só levava à sala de Feitiços e os alunos terminaram as aulas do dia, então ela fingiu interesse na bruxinha do retrato até ouvir um clique suave e a porta se abrir.

O que quer que estivesse além da porta estava na escuridão, e ela entrou cautelosamente, fechando a porta atrás de si. Um Lumos murmurado vindo de algum lugar muito próximo a assustou, e ela se viu piscando para Snape, sua varinha levantada entre eles.

— Senhorita Granger — ele disse a título de saudação. — Alguém viu você entrar?

— Não senhor. — Ela balançou a cabeça. — Não havia ninguém por perto. O que é este lugar?

— É uma entrada mais conveniente para minha sala de trabalho, que você usará de agora em diante. Depois dos acontecimentos de ontem, achei prudente que você não fosse vista nas masmorras com mais frequência do que o necessário para suas aulas regulares.

Ela assentiu concordando. — Obrigada, senhor... mas como faço para abrir por fora? Existe uma senha?

— Não — ele disse. — A porta está ligada à varinha, ao invés de uma palavra, então se você encostar sua varinha na maçaneta... — Ele apontou para a porta.