21. Quase

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A cozinha de Grimmauld Place estava lotada de gente quando Hermione entrou pelo Flu. Ela ouviu vários gritos de boas-vindas, mas se distraiu quando a Sra. Weasley deu um pequeno grito e correu para abraçá-la com força.

— Oh, Hermione, querida — ela exclamou. — Ficamos tão preocupados quando soubemos o que aconteceu! Você está bem?

— Estou bem, Sra. Weasley. Um pouco abalada — ela admitiu — mas tivemos sorte de o Professor Snape ter conseguido nos ajudar.

— Hermione!

A Sra. Weasley a soltou e ela se virou bem a tempo de registrar Harry e Ron abrindo caminho no meio da multidão antes que seus dois melhores amigos a puxassem para um abraço esmagador.

— Hermione, estou tão feliz que você esteja bem — Harry murmurou em seu ombro.

— Ainda não consigo acreditar — Ron murmurou, balançando a cabeça enquanto todos se afastavam um pouco, mas não se soltavam. — Como eles puderam fazer uma coisa dessas? E no Natal, nada menos!

— Eu sei — Hermione sussurrou, de repente sentindo vontade de chorar ao perceber o quão sortuda ela era por estar com seus amigos novamente.

Ela ouviu o barulho do Flu atrás dela e, um momento depois, a voz da Sra. Weasley dizendo: — Oh, Severus, como podemos lhe agradecer?

Ela notou o olhar arregalado de Ron, e se virou para ver a Sra. Weasley abraçando Snape... ou tentando, já que o mestre de Poções estava rígido, parecendo nitidamente desconfortável com a atenção.

— Eu fiz o que tinha que fazer, Molly — disse ele brevemente.

— Oh, não seja modesto, homem — Molly repreendeu, soltando-o apenas para tirar uma poeira perdida de fuligem do ombro de suas vestes. Ele franziu a testa, mas suportou o tratamento em silêncio enquanto ela tagarelava sobre como todos eram gratos a ele.

Hermione escondeu um sorriso e se voltou para seus amigos, que aproveitaram a oportunidade para disparar uma série de perguntas sobre a noite anterior. Sua explicação foi interrompida alguns minutos depois, quando todos se reuniram em torno da longa mesa da cozinha para o início da reunião.

Dumbledore, na cabeceira da mesa, levantou o primeiro tema de discussão: o ataque à casa dos Grangers. Snape estava parado em algum lugar nas sombras atrás de onde Hermione estava sentada, e começou a descrever como soube do ataque iminente e o que aconteceu quando ele chegou à casa dela. Ela ficou grata por ele não ter mencionado o fato de que eles teriam escapado sem problemas se não fosse pela estupidez dela em deixar a varinha jogada no andar de cima.

— Então, por que você participou disso, Snape? — uma voz áspera veio do outro lado da sala quando Snape terminou seu relato. Olho-Tonto Moody estava sentado na extremidade oposta de Dumbledore da mesa, olhando feio para o mestre de Poções.

— Perdão? — Snape disse suavemente. Hermione reconheceu instantaneamente o tom perigoso escondido naquela única palavra.

— Voldemort geralmente não deixa você em campo, por assim dizer, não é? — Moody continuou. — Tendo você escondido, preparando todas aquelas misturas desagradáveis e ilícitas para ele. Por que desta vez?

Dumbledore pigarreou. — Acho que posso responder a isso, Alastor — disse ele calmamente.

Hermione virou-se para Dumbledore, mas notou que todos na sala estavam olhando para ela ou para Snape, que havia se adiantado diante da acusação de Moody e agora estava diretamente atrás dela.

— A senhorita Granger tem ajudado Severus com algumas das poções que ele prepara para a escola — disse Dumbledore, — para lhe dar tempo para trabalhar em projetos mais urgentes. Este arranjo parece ter chamado a atenção de Voldemort, e acredito que ele pensou que o ataque seria, digamos, um teste para Severus.

Before the Dawn | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora