A Floresta Dourada

CAPÍTULO I - CIENTISTAS FAMOSOS MORREM EM INCÊNDIO MISTERIOSO

Windville - Ohio, Quinta - feira, 06 de março 2008, 02:30 AM

— Albert é perigoso demais dar continuidade aos estudos da floresta dourada, se isso vazar estaremos condenados à morte, pense em sua família!

— Mas Richard não podemos esconder isso! o mundo precisa saber que a anomalia existe, imagina o que podemos fazer, o conhecimento que traremos para a humanidade.

       Albert então volta a fazer anotações e não percebe que sua vida está chegando ao fim. Richard inventa uma desculpa qualquer e se afasta de Albert, deixando a sala do laboratório.

       Já no corredor Richard faz uma ligação avisando que Albert está irredutível e não irá manter sigilo sobre a anomalia da floresta. Richard então avisa ao contato misterioso que cuidará disso. Porém é morto antes, alguém o mata e pega seu celular, entra na sala do laboratório e não percebe que Albert já havia avisado alguém sobre o que descobriu.

— Albert, Albert, Albert... porque não apenas deixou isso pra lá? eu te avisei

— Você? você não, não seria capaz disso não é? Eu lhe peç...

Antes mesmo de Albert terminar de falar, o agente dispara três tiros nele.

       Após os assassinatos, pega o celular de Richard e liga novamente para o mesmo número e diz que o trabalho estava feito. O agente dá continuidade a sua missão e incendeia todo o local, eliminando qualquer vestígio de descobertas que pudessem expor a anomalia.

      Acostumada a esperar pela volta do esposo, Mary maratona seu seriado favorito LOST e acaba dormindo no sofá da sala.

03:45 AM

     Mary acorda assustada com o barulho da TV, olha para o relógio em seu pulso e devido ao horário tardio, estranha que Albert ainda não havia chegado em casa, afinal ele nunca tinha se atrasado tanto assim, então resolve olhar seu celular e percebe uma chamada perdida de seu esposo.

—Querida, fiz uma descoberta inacreditável sobre a anomalia da floresta dourada, te explico melhor em casa, já estou a caminho.

Albert nunca chegou em casa novamente.

      Ao escutar a mensagem de voz deixada por ele, Mary fica preocupada pois sabe dos riscos que essas tais descobertas podem causar. Nem todos os cidadãos de Windville gostavam de quem tentava explorar a floresta dourada, os mais antigos diziam que existe uma maldição ao redor dela. O tempo foi passando e todas chamadas feitas para o telefone de Albert iam direto para a caixa de mensagens. 

     Mary aumenta o volume da TV, pois o noticiário estava ao vivo em frente ao lugar onde seu marido trabalhava. Às exatas 05:00 AM daquela quinta-feira era anunciado no primeiro telejornal do dia, o incêndio nos laboratórios Sellor vitimando dois cientistas renomados. 

    James acorda assustado com os gritos de sua mãe, então resolveu descer as escadas para ver o que estava acontecendo. Aquela manhã de quinta-feira seria a pior de toda a sua vida. 

    Alguns dias se passaram desde o fatídico enterro de Albert, sua avó Angelina sugeriu a Mary sua filha, que se mudassem dali e recomeçassem em outra cidade pois temia um mal maior. 

 — Mary, todos nós estamos tristes pelo o que aconteceu com Albert, mas você precisa continuar a sua vida.

— Mãe, eu sei que você só quer o meu bem, porém preciso investigar o que aconteceu com ele, tá na cara que aquilo não foi um acidente, a polícia não me deixou sequer ver os restos mortais dele.

— Oh minha filha eu sabia que esse envolvimento com a floresta dourada iria causar isso, eu lhe avisei para ficarem longe daquilo. 

— Não me venha dar sermão em casa MÃE! e muito menos vir com a balela de que a floresta dourada guarda uma terrível maldição e blá blá blá. 

— Não devia zombar dela Mary, só eu sei o que seus avós passaram quando tentaram explorá-la, meu pai mesmo nunca foi encontrado, sua avó dizia que a floresta o devorou. 

— Eu pensava que a vovó dizia isso apenas para nos assustar. 

— Não Mary, a maldição da floresta é real, por isso peço mais uma vez que vá embora e crie o James o mais longe possível daqui. 

     Após muita conversa, Angelina consegue convencer Mary a ir embora, e esquecer o passado, mesmo que isso a machuque, agora era hora de proteger James.

Ao sair da casa de Mary, Angelina entra em seu carro e faz uma ligação.

 — Oi, sou eu, eu consegui convencê-la, agora deixe-a em paz, está me escutando? Ela está indo embora, a floresta não irá pôr as mãos nele.