Chaplin costuma dizer que o tempo é o melhor autor, pois sempre encontra um final perfeito, talvez em um lugar onde não exista a possibilidade de ser alterado. O tempo costuma na verdade, ser cruel, é o único que lhe aplica uma sentença de morte, alguns vão antes, outros depois. Dele é impossível escapar, mas e se você tivesse a possibilidade de controlá-lo? De realmente dominá-lo, será que saberia governar com sabedoria? Ou sucumbiria para o mal, condenando toda a humanidade?
As coisas não poderiam estar piores para Bryan, Julie e Ava, já que uma nova criatura apareceu com um exército de demônios do tempo, nenhum deles fazia ideia do que estava acontecendo, mas jamais vão esquecer de como Sellor ficou diante da situação, sua voz exalava preocupação e medo. As barreiras entre o passado e futuro tinham acabado de cair. Eles sabiam que se continuassem ali iriam morrer, então resolvem sair se esgueirando para que os dois seres não os vissem.
— Temos que correr sentido ao lado leste, chegar na trilha do lago rumo a saída!
— Será que vamos conseguir chegar até lá Bryan? Olha quantos demônios do tempo estão no céu!
— Julie, esses aparentemente estão sob controle daquela criatura que adentrou aqui através do portal, aparentemente não estão preocupados conosco.
— Eu estou sentindo novamente aquela sensação de dejavu, não sei explicar.
— Ava, em outro momento você tenta explicar, precisamos sair daqui, buscar o James e torcer para que consigamos sair dessa!
Ava assentiu e compreende a situação.
Aos poucos conseguem escapar, entram no carro de Ava e vão à caminho do hospital Harley, resgatar James. Durante a ida, a cidade está deteriorando, uma enorme rachadura na rua, quase os impossibilita de chegar. Várias pessoas estão fugindo, o lado sul de Windville estava irreconhecível, as residências estavam desabando, sendo engolida por uma enorme cratera que aumentava de tamanho a cada minuto que passava. Bryan pede para que Ava acelere, pois estavam ficando sem tempo. Há poucas quadras do hospital uma anomalia temporal os pegam, as ruas e casas estavam piscando como se estivessem mudando de época.
— Só pode ser brincadeira!
— CUIDADO AVA!
Uma rua sumiu e voltou e Ava quase bateu o carro em um poste.
— Droga Bryan, como vamos chegar até lá, que ano é esse? As ruas estão mudando de lugar o tempo todo.
— Julie, isso é os anos 50, olha o modelo das residências e veículos.
— Manas, então é melhor abandonarmos o carro, mais uma mudança brusca dessas e podemos acabar sofrendo um acidente feio de carro.
Todos assentem e concordam com Ava, ao saírem do carro, correm em direção ao Hospital, quando são surpreendidos por uma batalha entre índios e exploradores da época do descobrimento do estado.
— PESSOAL POR AQUI! PRECISAMOS SAIR DA ÁREA DE COMBATE!
— Vem Julie, eu te protejo!
— E quem protege o Bryan hein? Suas egoístas!
Alguns minutos se passam e a batalha some num piscar de olhos, Bryan, Julie e Ava, finalmente chegam no hospital Harley, que está totalmente vazio, suas luzes piscam o tempo todo, como se estivesse sofrendo com as alterações temporais da anomalia.
— Eu vou subir para tentar pegar o James, vocês procuram mantimentos.
Bryan sobe para o quarto de James, que aparentemente está despertando do coma finalmente.
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A Floresta Dourada
Ciencia FicciónJames é um jovem rapaz que decide retornar à sua cidade natal após anos de ausência. Afim de investigar o porquê ouvia sussurros que lhe chamavam até a floresta dourada que existia aos arredores da cidade. Mal ele sabia que sua decisão desencadeari...