CAPÍTULO XVIII - UMA AVENTURA NO PLANETA K

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PLANETA KIFFEY, 450 TIGNOS (ANOS) ANTES DA EXTINÇÃO.

— Caramba Bryan, sai de cima de mim!

— Claro, até porque eu escolhi cair em cima de você, não é garota?

— Onde será que estamos?

Indaga Julie, abismada com a vegetação do lugar.

— Eu não faço ideia, mas é como se estivéssemos em outro planeta, ou na era dos dinossauros.

— Época dos dinossauros Bryan? Não pi...

      Antes que pudesse continuar, um enorme pássaro aterrissou atrás de Julie, o animal era medonho e não parecia nada simpático, tinha penas esverdeadas, olhos amarelos e um bico que parecia uma machete. Bryan, assustado, pede para que Julie não se movesse, e nem que respirasse, o silêncio que os dois faziam era tanto que Bryan imaginou ouvir até mesmo o coração de Julie pulsar. O pássaro parecia cego, e tentava se guiar pelo barulho, logo em seguida se afastou da moça, e soltou um grunhido tão alto e mágico que fez Bryan e Julie gritarem mesmo sem querer, percebendo que havia comida disponível na área o animal voltou em alta velocidade na direção deles. Bryan grita para Julie correr, e os dois tentam fugir do bicho e acabam caindo de um barranco que tinha uma altura de um prédio de sete andares.

— JULIE! A GENTE MORREU?

— EU, EU NÃO SEI, ESTAMOS CAINDO!

— TENTA VIR ATÉ MIM, IGUAL NOS VÍDEOS DE PARAQUEDISTAS!

      Os dois se seguram, se preparando para o impacto, mas ao se aproximarem do chão, fecham os olhos mas não sentem nada, estão flutuando a poucos metros do solo. Como se uma enorme cama invisível tivesse os salvado antes de se espatifar, ao olharem para o local, se perguntando como aquilo foi possível. Uma voz sai de trás de uma grande árvore, era um senhor muito alto, com uma bengala lotada de ramos dourados que fazia os lembrar da enigmática floresta dourada.

— Farei apenas uma pergunta a vocês, o que diabos estão fazendo em solo proibido?

— So, so, solo proibido?

— Não precisa ficar assustada, animal fêmea.

— Foi o senhor que nos salvou?

— Ora, não parece óbvio? Os salvei com pura magia dourada.

— Me desculpe senhor, ele é assim mesmo.

— Que tipo de espécie são vocês? Ainda estou tentando assimilar, mas minha cabeça de velho não deixa.

— Somos do planeta terra.

— Terra? Ora, não sabia que existiam seres tão burros no planeta terra.

— O senhor se surpreenderia.

— E como vieram parar aqui?

— Nosso mecanismo, nos trouxe até aqui, como uma viagem entre dimensões, acredito eu.

— Interessante, me conte mais sobre esse "mecanismo" em minha casa. Está anoitecendo e vocês não querem ficar a mercê das longas tigtes sozinhos.

      Bryan e Julie seguem o senhor e durante o caminho percebem algo familiar, a floresta era totalmente dourada assim como em Windville, como podia ser possível que a vegetação de outro planeta estivesse também no deles. Enquanto o velho tagarelava durante o caminho os enchendo de perguntas, criaturas ficavam a espreita os observando dentro de moitas e atrás das árvores, Julie e Bryan apenas conseguiam enxergar os olhos delas fazendo os arrepiar, alguns bichos, assobiava, outros sussurrava seus nomes, os monstros sabiam quem eles eram, mas como? Era o que os dois se perguntavam durante o caminho.

A Floresta DouradaOnde histórias criam vida. Descubra agora