— William Lewis vai dar uma festa e fomos convidadas? — perguntei, com uma expressão confusa. Scarlett deu uma risadinha seca, como se fosse óbvio que eu ficaria surpresa.
— Está surpresa que te considerem para uma festa de classe, Taylor? — perguntou, com um sorriso irônico, enquanto eu revirei os olhos, tentando não mostrar o quão irritada eu estava.
— "Classe"? Aquele tipo de festa é só uma desculpa para que as pessoas fiquem bêbadas e se acabem em algum canto. Não sei se fico mais chocada por ser convidada ou por estar tentando me convencer de que algo ali tem algum nível de... dignidade. Então, sim, estou surpresa de me chamarem para uma festa assim. — Ela me olhou de lado, com aquele sorriso irônico no rosto.
— Então você acha que não é o seu tipo de ambiente? — Suspirei, tentando manter a calma, mas não conseguindo controlar o tom de irritação.
— E você... — comecei, tentando reagir, mas algo em mim hesitou. Não sabia bem o que dizer. — Thomas, me ajuda aqui, por favor.
— Não vou me meter nisso — ele respondeu, com a voz firme e indiferente, como se tudo isso fosse apenas mais uma confusão que ele preferia evitar.
Eu olhei para ele, irritada, tentando ignorar a sensação de estar sendo observada por todos os lados. Scarlett, por sua vez, parecia tranquila, mas com um olhar desafiador, como se tivesse acabado de lançar uma provocação só para ver até onde eu iria.
— Mas Lewis não foi diretor de Inquietação? — Scarlett perguntou, e eu acenei com a cabeça, confirmando, assim como os outros.
— Sim. Foi o que me trouxe até aqui. Minha grande "virada", como o Thomas disse — respondi, sentindo a familiaridade do comentário.
— Então você já trabalhou com Lewis. Como ele é? — Scarlett continuou, curiosa.
— Ele é um bom profissional e uma pessoa razoavelmente legal. Mas, como todo mundo, sabe ser irritante às vezes. — Eu hesitei por um segundo antes de adicionar: — Thomas, tem algum motivo especial para esse convite?
— Ele mencionou que queria discutir assuntos profissionais com vocês — Thomas respondeu de forma vaga, com aquele tom indiferente que às vezes usava.
— Ele disse exatamente o que quer? — Scarlett perguntou, os olhos fixos nele, aguardando uma resposta mais concreta.
— Não, não entrou em detalhes — explicou, um pouco desconfortável com a falta de informação que tínhamos sobre o que realmente nos aguardava.
— Nós vamos? — perguntei, ainda com a dúvida no ar, esperando que ela me desse uma resposta clara.
— Está me incluindo na decisão? — Johansson retrucou, seu tom ácido e direto. A maneira como ela falou me fez lembrar de Natasha Romanoff, com aquele jeito implacável, sem paciência para rodeios. Comecei a pensar que talvez ela não fosse tão diferente assim da Viúva Negra, afinal.
Eu a observei por um momento, tentando decifrar o que estava se passando em sua mente. A última coisa que eu queria agora era uma conversa tensa, mas Scarlett parecia não se importar com isso.
— Eu não sei, Scarlett... Você quer ir? — Minha pergunta era mais uma tentativa de suavizar o clima, mas sabia que não podia esperar muito de uma resposta diplomática.
Ela ficou em silêncio por um instante, como se estivesse pesando a resposta, e eu podia ver a indecisão passando pelos seus olhos. Scarlett não gostava de fazer concessões facilmente, então imaginei que ela estava se forçando a pensar em algo mais do que simplesmente ignorar o convite.
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Sem Querer, Casadas
Hayran KurguPara que um casamento funcione, é essencial ter amor e convicção. No entanto, Scarlett Johansson e S/n Taylor não possuíam nenhuma dessas qualidades. Em vez disso, eram marcadas por uma aversão mútua. Seus encontros eram dominados por ressentimento...