Os corredores da escola de Clover eram pintandos de um bege bem claro e havia uma faixa preta na metade da parede, marcando o começo da parte verde da parede. Os armários eram variados em várias cores, nas quais os alunos escolhiam quando se mudavam. As portas das salas eram brancas com uma moldura verde a sua volta, e o que dava totalmente um toque especial, fechaduras em preto.
Haviam bebedouros a cada duas salas, e banheiros a cada cinco. Clover era uma escola grande de mais ou menos sete andares divididos em prédios.
O térreo era o andar um e abrigava todas as quadras e espaços de lazer. Fazia ligação com o prédio de moradia, onde ficava os dormitórios separados por gênero.
No primeiro andar do prédio principal ficava a diretoria, recepção e uma enfermaria. No segundo e quarto ficavam os laboratórios específicos de matérias, a biblioteca, salas extras para aulas e várias áreas de estudos coletivas.
No terceiro andar, ficava o refeitório e a cantina. As segundas, quartas e sextas, era ofertado comida de graça. As terças e quintas quem quisesse comer no refeitório teria que pagar uma pequena taxa.
A escola era definitivamente muito grande. E nesse momento, esse era um problema para Noelle.
Ela estava parada há mais ou menos uns cinco minutos tentando fazer seu cérebro voltar a funcionar normalmente, enquanto encarava a quadra através de uma janela da sala de física, ainda vazia.
Seu pânico tinha nome e sobrenome: Yuno Grinberryall
Droga-de-bosta-de-mensagem.
Acima de tudo, Noelle se amaldiçoava porque além de deixar seu celular sem bateria, ela ainda fez o enorme favor de o esquecer no dormitório.
E ela tinha um grande problema: Se voltasse para pegar o aparelho, chegaria alguns minutos atrasada na sua próxima aula. Era coisa de três minutos, mas para Jack seria como quase perder trinta minutos da aula. E não, a garota não queria começar a semana com uma reclamação na diretoria, o que pioraria seu dia em 100%, já que em menos de quatro horas dessa segunda sua vida tinha virado uma situação de "fugir das consequências dos seus atos impulsivos"
E aí que está o problema número dois: Ela tinha aula de física com Yuno.
Era como correr em círculos. A escola era tão grande, a única coisa que ela precisava era de ter um pouco de distância do garoto até conseguir chegar até seu dormitório e analisar detalhe por detalhe da mensagem. Mas não, ela precisava ter aula de física com o garoto que ela precisava evitar.
Era muita falta de noção da diretoria colocar uma Silva numa aula com alguém que ela não queria ver no momento.
Suspirando, Noelle entrou para a sala de física, contado que faltava apenas 5 minutos para a aula iniciar. Jack já estava sentado na sua mesa, com sua cara antipática, decidindo apenas por ignorar a chegada da garota.
As carteiras do laboratório de física eram todas para se sentar de dupla.
Ela escolheu a cadeira mais para o fundo que encontrou, escolhendo se sentar sozinha. Torceu para Yuno ser cego ou burro o suficiente para não a achar, ou se a vesse, ignorasse sua presença.
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— ∆ significa variação entre os pontos, mas não é necessário que...
10 minutos.
10 minutos de aula de física e Noelle podia sentir seus neurônios sendo fritos a vácuo naquela aula.
Mas uma coisa fazia sua mente se iluminar: Yuno não havia aparecido naquela aula, e isso significa que ela poderia finalmente relaxar.
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Talk To Me
FanfictionEm plena madrugada de domingo, Noelle toma uma decisão: se confessar ao seu grande amor adolescente por uma mensagem estúpida. Ela só não contava que sua mente cansada a fizesse enviar mensagem para seu melhor amigo: Asta.
