ogro, 15% e carismático

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— Pare de agir como se tivéssemos 16 anos. — Yami a pressionou na parede, deixando a mulher sem saída.

Charlotte sentia todas as partes de seu corpo esquentarem simplesmente por estar perto daquele homem. Yami estava certo, ela ainda se sentia como uma adolescente mesmo tendo seus trinta anos.

A relação entre os dois era complicada, talvez odiossa fosse a palavra certa. Se conheceram durante a faculdade e não se gostaram nenhum pouquinho de cara. Por ironia do destino, acabaram trabalhando na mesma escola.

Em uma noite de bebidas e afogar as mágoas no álcool, Charlotte encontrou Yami, ambos bêbados demais para negar a atração entre eles. Acabaram se envolvendo uma vez, duas vezes, três vezes, até pararam nesse exato momento.

— Você é um ogro! Me solta! — Respondeu, tentando se soltar do aperto do homem, mas não fazendo nenhum esforço real para sair daquela situação.

Era tudo tão complicado: Yami queria algo sério, queria filhos, queria estabilidade, queria um relacionamento. E Charlotte ainda não queria lidar com esse peso em sua vida, queria viajar, queria aproveitar.
E é óbvio que mesmo se amando, nenhum dos dois cederia.

— Eu juro que não te entendo. — Yami suspirou, a envolvendo em seus braços e se aconchegando no pescoço alheio. — Você não quer nada comigo mas não me larga. Eu vou ficar louco daqui uns dias, sabia?

— Cala a boca. — Charlotte mumurou, não teria forças para negar aquela afirmação agora.

Tudo começou porque a mulher decidiu passar sua aula vazia em sua sala de aula. Conhecidentemente era o mesmo horário em que Yami entrava na escola para seus treinos, e inevitavelmente os dois se cruzaram. Ele não perdeu tempo em a visitar na sala, como muito já tinham feito em outros lugares da escola.

Mas os dois, como sempre, eram uma faísca na palha. Charlotte disse algumas coisas desagradáveis, ele não ficou queito, os dois discutiram e acabaram aqui.

— Yami, isso é perigoso. Aqui é onde eu e você trabalhamos, precisamos parar com isso. — Charlotte de separou dele por alguns centímetros.

— Porque, senhora dos espinhos? Tem medo de ser pega? — Yami a puxou pela cintura, sentido os lábios macios em si.

A Roseli lutou contra o sentimento de o corresponder, mas não conseguiu resistir. Ela realmente nunca conseguiria resistir a ele enquanto continuasse tendo sentimentos nessa relação.

— Escuta, como você mesmo disse, não somos adolescentes. — Charlotte continuou, enquanto seus lábios se separam. Yami dirigiu os beijos para o pescoço exposto pelo penteado que ela usava. — Precisamos parar com essas coisas e... Ah, você sabe, não quero lidar com mais boatos... Isso é tão horrível e eu preciso do emprego...

Yami sorriu, sabia exatamente onde tocar nela. Enquanto suas mãos passeavam por lugares que não deviam, uma mistura de adrenalina com algo mais forte corria em suas veias.

Amor? Ele não sabia. Mas aquele sentimento de felicidade quando a via, aquela sensação de leveza quando estavam juntos não poderia ser atoa. Era diferente de toda a mulher que ele já havia estado. Sim, se fosse da vontade dele os dois já tinham saído dessa maldita escola, casado em Paris e eram pais de uns cinco piralhos.

Mas Charlotte era complicada e ele sabia que ela também sentia as mesmas coisas por ele, a diferença é que ela não queria abrir espaço para um relacionamento.

Yami não sabia onde exatamente isso terminaria, mas por enquanto amava aquilo.

— Yami, não, é perigoso. — Charlotte alertou enquanto observava o homem abrir sua camisa social, porém nada fez para o impedir. Estava gostando de tudo aquilo secretamente.

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