Capítulo 07 - Rebecca

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Rebecca Cooper

Sabe aquela chama do amor que eu sentia por Henrique? Pois é, ela está voltando e agora estou me perguntando se algum dia ela já se apagou.

- Meu amor? -Ouço a voz da minha mãe me chamando e eu abro um sorriso de lado.

- Oi, mãe.

- Como está se sentindo?

- Bem melhor, obrigada.

- Isso é pela comida deliciosa que eu trouxe ou por causa de um delicioso médico?

- Mãe! -Digo limpando a garganta.

- Eu vejo o jeito que você olha pra ele, Rebecca.

- Olho normal ué e tenho gratidão por ele ter salvo a minha vida.

- E eu nasci ontem né, dona Rebecca Cooper? -Minha mãe cruza os braços sobre o peito, seus olhos estavam em mim.

- A senhora está vendo coisas onde não tem.

Henrique entrou no quarto e eu abri um sorriso instantâneo, não deu nem tempo para que eu pudesse controlar meus músculos faciais.

- Eu estou vendo coisas é?!

Preferi não responder a minha mãe e foquei no lindo médico a minha frente.

- Tenho boas notícias. -Ele diz sorridente.

O sorriso dele está tão bonito, quer dizer, muito mais do que eu me lembrava.

- Sua alta está assinada, você pode finalmente ir pra casa.

Eu estou três dias em observação, apenas para garantir que tudo ficaria em ordem e todo dia eu reclamava que queria ir pra casa, mas também eu sabia que no momento que eu colocasse meus pés pra fora do hospital, eu não veria mais Henrique, apesar da presença dele me animar muito, eu prefiro muito mais a minha casa.

- Você só precisa de repouso e se alimentar direito, sem forçar muito seu corpo a atividades pesadas, se seguir tudo isso sua recuperação será rápida.

- Pode deixar Henrique, eu farei tudinho do jeito que você mandar.

Abri um sorriso pra ele e ele retribuiu, mas então lembramos que não estávamos sozinhos e ele limpou a garganta, se afastando levemente da cama.

- Bom, eu vou deixar vocês agora, mas caso precisarem de algo, basta apenas me chamar.

Concordei com a cabeça e ele saiu do quarto, antes que a minha mãe resolvesse falar alguma coisa, quem quebrou o silêncio foi eu.

- Finalmente vou para casa, eu não aguentava mais hospital.

- Aí filha, nem me fale.

Com a ajuda da minha mãe, consegui me arrumar, meu quadril ainda estava dolorido e tinha alguns arranhões pelo meu braço, mas nada demais.

Quando eu estava pronta, Joe entrou no quarto e ele vem em minha direção me dando um abraço e em seguida deixou um beijo na testa da minha mãe.

- Vim levá-las para casa.

- Você é um anjo, Joseph Hale. -Digo dando uma última arrumada em meu cabelo.

- Eu sempre soube disso. -Ele diz todo convencido e eu ri.

- Antes da gente ir, eu queria falar com Henrique, vocês me dão um minuto?

- Claro filha pode ir, enquanto isso Joe e eu vamos levar as coisas para o carro.

Concordei com a cabeça, sem querer saber o que é que se passava na cabeça da minha mãe naquele momento e eu saí do quarto, indo em busca de Henrique.

Henrique LeBlanc - [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora