Capítulo 26 - Henrique

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Henrique LeBlanc

Que dia dos diabos!

Suspirei quando abri a porta de casa e o vento frio cortou ferozmente, mas fechei a porta antes que o ar frio tomasse conta da residência, acendi a lareira e comecei a me livrar das roupas.

Comecei tirando as luvas, o cachecol, o casaco e a jaqueta fiquei apenas de calças, sapatos e a camisa de mangas longas.

Peguei meu celular apenas para olhar a hora e fui presenteado com os belos olhos de Rebecca me observando, era sempre assim quando eu pegava meu celular pra qualquer coisa.

Já que ela era a minha foto de fundo do celular e eu não pretendia mudar nem tão cedo.

Como eu não havia recebido nenhum sinal de Rebecca desde que eu havia começado a mandar os buquês de flores, eu já estava nessa de mandar rosas para ela a três semanas, as de hoje eu ainda não havia mandado, mas iria fazer isso agora mesmo, peguei o celular e mandei mensagem para a floricultura encomendando mais um buquê de flores, dessa vez de tulipas, mas azuis também, avisei que era o mesmo endereço e disse qual bilhete seria colocado nesse buquê.

Antes de eu viajar eu havia deixado vários cartões na floricultura apenas para ser colocado no buquê e todos os dias eu mandaria uma mensagem avisando qual buquê eu queria pra esse dia.

Escolhi a tulipa azul pro dia de hoje porque eu sabia que Rebecca era curiosa e ela ia buscar no Google o significado da mesma.

"Tulipa azul, é a flor da conquista de algo impossível, do inalcançável, mas sobretudo de sentimentos sinceros e profundos."

E acho que é isso, eu sempre amarei Rebecca, mas acho impossível eu tê-la de volta, eu fui um completo idiota, não, eu fui um filho da puta e eu acho que perdi Rebecca para sempre.

Me sentei no sofá e peguei meu notebook logo pondo o aparelho em meu colo e comecei a trabalhar.

Eu estava com uma ideia, precisava da início a um projeto do qual havia se tornado uma prioridade em minha vida e ele tinha de ser no mínimo perfeito.

Já estava falando com um monte de gente pra fazer que esse meu sonho saísse do papel e que ele fosse pra frente e eu tenho certeza que ele dará mais do que certo, na verdade pela primeira vez em muito tempo eu me sinto feliz novamente, me sinto animado por está fazendo algo.

Senti meu celular vibrar em meu bolso e peguei o aparelho, tive esperança de ser... deixa pra lá, o que importa é que era a minha mãe.

- Oi mãe!

- Oi meu amor, liguei pra saber como você está.

- Estou bem mãe. -Digo deixando o notebook de lado. - Como está todo mundo aí?

- Estamos bem, mas filho eu gostaria de saber que história foi essa de que alguém tentou matar você.

Soltei um suspiro, era só uma questão de tempo até que minha mãe tocasse nesse assunto, eu sentia que ela queria abordar algum assunto comigo, mas no último minuto ela sempre desistia, parece que hoje ela criou voragem.

- Não foi nada, não tem com o que se preocupar.

- Como assim "não tem com o que se preocupar"? Filho, se alguém tentou matar você, temos que chamar a polícia.

- Eu já fiz isso, falei com um amigo que é delegado, ele já está cuidando de tudo.

- Está falando do delegado Christopher?

- Sim, eu estou!

- Ele veio conversar comigo e com o seu pai e Rebecca foi conversar com sua avó, saber se sabíamos de algo.

Henrique LeBlanc - [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora