Capítulo 37 - Rebecca (Parte II)

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Rebecca Cooper

– Vamos lá, amiga! -Barbara me incentiva pegando em minha mão.

Passamos a noite toda revirando a cidade de cima abaixo, olhamos nos lugares mais remotos da cidade e nada, nenhum sinal, nenhuma pista de onde aquele idiota levou Henrique.

Agora eu estava na porta do hospital com meus amigos, eu precisava contar a verdade para os pais de Henrique e o motivo de porque eu não poder passar aquele dia com dona Donatella no hospital.

Também não havíamos recebido notícia alguma dos irmãos de Gabriel no Brasil, as únicas notícias que eu havia recebido foi que Angelo estava em vigilância com a polícia italiana e que Tom havia entrado em contato com a Equipe Única e que eles estavam monitorando todas as fronteiras da Alemanha e ficaria de olho se algo surgisse, mas fora isso não tínhamos mais nada.

Entrei no hospital com Barbara ao meu lado e seguimos por entre os corredores brancos, até chegar a sala de espera, onde estava vazia, então me dirigi até o quarto da senhora e dei uma leve batida na porta.

– Pode entrar! -A voz de seu Luigi se fez presente.

Eu respirei fundo e empurrei a porta, logo entrando, dona Donatella ainda estava dormindo — afinal era bem cedo ainda — meus sogros me presenteram com sorrisos felizes que infelizmente eu não consegui retribuir.

Sorrir exigia mais de mim do que eu podia suportar e eu não estava afim disso, mesmo que fosse apenas um sorriso de educação.

– Será que eu... -Minha voz falhou e eu tive de pigarrear para continuar. – Posso falar com vocês?

– Com os dois? -Dona Cristina pergunta. – E se ela acordar?

– Eu fico com ela. -Barbara diz. – Podem ir despreocupados.

Eles concordaram com a cabeça e me seguiram para fora do quarto.

– Rebecca, onde está Henrique? -Dona Cristina pergunta e eu senti meu coração bater com força contra minhas costelas.

Eu queria tanto ter resposta para essa pergunta.

Quando estávamos sozinhos na sala de espera, encarei os dois a minha frente e eu sabia que não tinha jeito fácil de contar o que eu iria dizer, mas eu não podia omitir e nem mentir pra eles.

– Olha, o que eu vou dizer não é uma coisa fácil, mas vocês precisam saber.

– Rebecca está nos preocupando.

Assenti e disparei de uma vez.

– Henrique foi sequestrado, por Federico. -Disse de uma vez, rápido como se arrancasse um band-aid de um dedo machucado.

Notei quando a cor do rosto de dona Cristina foi se esvaindo aos poucos e ela teve de se apoiar no marido pra permanecer de pé.

– Estamos com equipes de buscas aqui nos Estados Unidos, Itália e Alemanha mas até agora nada, nenhum sinal dos dois.

– Rebecca... meu filho!

– Eu sei dona Cristina, mas eu vou encontra-lo e vou traze-lo sã e salvo para a gente.

– Rebecca, por favor traga meu filho de volta para nós, por favor, eu não posso perdê-lo... -Seu Luigi aperta dona Cristina levemente contra seu corpo. – Nós não podemos perde-lo.

Concordei com a cabeça.

– Eu também não posso perde-lo, por isso, não há outra solução se não traze-lo de volta para a gente.

Henrique LeBlanc - [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora