Sem sentido...

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- Por que você fez isso? Você por um acaso é louco? Me cobri com o lençol.

- Juro que não... eu também estava bêbado. Gaguejou. – Deus... Colocou as mãos no rosto, parecia estar confuso e transtornado.

- Nada aconteceu ouviu? Nada! Peguei minha camisola que avistei no chão e me vesti saindo correndo de seu quarto.

    Fui para o meu quarto e tranquei a porta, me encostei na parede juntamente com minha testa e dei alguns murrinhos. Meu Deus, por que fiz isso?! Não era pra ser com ele, não deve ter sido algo especial. Tentava me lembrar, mas nada me vinha a cabeça.

    Peguei minha toalha e fui para o banheiro. Tomei um banho um pouco quente e as coisas foram clareando em minha cabeça, é realmente Brooke não me forçou a nada, mas mesmo assim eu estava bebada ele deveria ter considerado.

    Sai do banho e me enrolei na toalha, fui para meu quarto e coloquei uma roupa qualquer. Ouvi o chorinho do Arthur e fui ver o que o mesmo tinha e era fome, fiz a mamadeira dele e o dei, ele era tao pequeno e lindo, seus olhos arregalados azuis me passavam uma sensação de conforto.

    Após a dar de mamar para ele, troquei sua fralda e o vesti novamente, quando a campainha tocou.

    Fui até a porta com o Arthur no colo e abri a mesma, foi ai que me bateu a surpresa, era o Matheus. Sorri e o abracei.

- Tudo bem? Subiu direitinho ontem? Engoli um seco e sorri para disfarçar.

- Sim, só cambaleei um pouco. Rimos.

- Quem está ai Amanda? Ouvi a voz de Brooke e quando olhei pra trás ele estava somente com uma toalha na cintura, senti meu rosto corar e olhei para Matheus.

- Seu namorado? Matheus perguntou apontando para Brooke e eu balancei a cabeça que não.

- Não, meu padrasto.

- Mas sua mãe não morreu?

- Sim, mas deixou meu irmão pra cuidar né. Balancei o Arthur, e ele sorriu. - Entra. Dei passagem e Brooke olhou feio indo para o banheiro. Fechei a porta e nós sentamos no sofá. Conversando praticamente a manhã inteira.

    Antes do almoço acabou por ir embora. Ele disse que passou só para ver se eu estava bem e se eu tinha gostado da festa, já Brooke não gostou nada dele e disse que não quer mais vê-lo lá.

    Passamos a tarde toda eu no meu quarto com Arthur e Brooke no dele, o clima estava estranho. Então resolvi ir falar com ele, quando entrei no quarto ele estava lendo.

- Olha o papai está lendo, conta uma historinha para mim. Fiz voz de criança e o Brooke nos olhou rindo. Me sentei de frente para ele na cama e lhe entreguei o Arthur. Ele pegou o mesmo e acariciou seu cabelo, deu um beijo em sua testa e sorriu.

- Como meu filho fica grande a cada dia que passa. Disse olhando para ele.

- Eh... Brooke me desculpa por ter te tratado daquele jeito pela manhã, eu lembrei de tudo e sei que você não me obrigou a nada.

- Não precisa falar disso, eu que tenho que pedir desculpas, acho que você queria que fosse especial com alguém especial né. Eu já tive essa fase.

- É, mas tudo bem... Eu queria muito dizer que valeu a pena, que eu gostei, mas ele me chamaria de boba, tola ou até mesmo idiota, então prefiri ficar na minha.

    Fizemos janta juntos, e comemos juntos também. Coloquei o Arthur para dormir e fui dormir também, amanhã... Domingo, acho que iria visitar Laura.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora