Reencontro surpresa

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Um ano enfim se passou desde quando me mudei para cá. Clara estava com 7 meses; grande, forte e saudável. Parecia muito com Brooke, que ainda não tinha dado as caras por aqui, eu desisti completamente dele, e talvez também do seu amor, ele não é tudo aquilo que eu achei que era quando começamos uma relação.

Guilherme me ajudava a cuidar do Arthur e da Clara muito bem. Parecia até pai de ambos. Trocava a fralda de Clarinha, dava comida para Arthur, já chegou até a dormir com ele quando o mesmo sentira medo do escuro.

— Já fazem quase dois anos que a gente se conhece com esse Natal de agora. Sorriu me ajudando na montagem da árvore de Natal.

— Sim! Sorri e lhe dei a bolinha para que ele pudesse a pendurar na árvore. – Dois anos, e muita coisa aconteceu... Suspirei.

– Eu estou aqui tá, para tudo que acontecer! Desceu da escada e me abraçou. Retribuí o abraçoe ficamos ali por um bom tempo.

    O Natal seria somente eu, ele e as crianças, não tínhamos amigos lá, e Guilherme preferia não levar seus colegas de intercâmbio para lá, por serem desconhecidos.

    Montamos a árvore de natal na noite de natal, com tantas coisas, nos atrasamos um pouco. Quando terminamos, tirei a comida do forno, não fiz muito, pois só iria comer eu e o Guilherme.

- Mamãe, mamãe! Arthur puxou meu vestido.- Quero comer isso! Apontou para o frango.- To com fome e o cheirinho está bom! Passou a mão na barriga. Eu comecei a rir e o peguei no colo.

- Mas você não pode comer isso ainda. Ele fez bico e começou a chupar o dedo.- Ta bom, mas só um pouquinho. Ele sorriu.

- Obrigada mamãe. Escorregou sobre meu corpo e foi correndo para a sala, levei as coisas para a mesa e chamei o Guilherme para comer.

- O cheiro está ótimo! Disse colocando seu prato.

- Espero que esteja tão gostoso quanto o cheiro. Rimos. Colocamos os pratos e eu comi. Sem querer me gabar, estava realmente gostosa.

    Quando acabamos, lavei a louça e o Guilherme me ajudou, dei banho no Arthur e o coloquei para dormir. Tomei um banho e fui amamentar a Clarinha, estava acordada, mas não chorava. Ela era bem quietinha.

    Quando dormiu, eu fui para a sala, fiquei assistindo TV, pensando na vida, Guilherme estava no banho e qundo saiu veio conversar comigo.

- Será mesmo que ele nos abandonou? Olhei para o Gui e suspirei, o mesmo me abraçou.

- Mesmo que isso tenha acontecido, eu estarei sempre com você tá, princesa? Beijou minha cabeça...

***

    Enfim chegara a semana do Julgamento, um ano tinha se passado, e o meu Arthur estava grande e saudável, Clarinha arriscava alguns passinhos, mas continuara engatinhando. Guilherme ficara na Itália, mas ainda achava que eu iria voltar.

    Quem me avisou do julgamento foi a Laura, pois nem isso o Brooke foi capaz de fazer. Ele só ligava para saber como estavam as crianças e para falar que havia mandado dinheiro, o que ele não entende é que eu não quero o dinheiro dele e sim o amor, pelo qual eu já sentia que não existia mais por a parte dele.

   Quando desembarcamos, eu esperava que Brooke estivesse lá, me esperando, mas nem isso... Fui direto para casa com mala e tudo. Estava meio dificil carregar duas crianças e uma mala, mesmo assim fui.

    Chegando no prédio, o porteiro me cumprientou e conversamos um pouco, mas eu logo subi. Cheguei à frente da porta e respirei fundo tocando a campainha, demorou um pouco, mas logo alguém abriu. Era uma mulher, loira, alta, corpão, tinha cara de ter uns 30 anos, será que Brooke havia se mudado?

- Pois não? A loira disse levantando a sobrancelha, me despertando do transe que eu me encontrava.

- É, por favor, o Broo... Foi quando vi o Brooke saindo do quarto sem camisa.

- Quem é amor? Disse olhando para mim, quando ele tomou um grande susto.- O que você está fazendo aqui? Veio depressa até mim e eu me afastei com lágrimas nos olhos.

- Quem é ela amor? A loira disse olhando para Brooke.

- Amanda, precisamos conversar! Tentou se aproximar.- Como eles estão lindos! Sorriu sem graça.

- Não temos nada para conversar! Cafageste! Dei um tapa em sua cara e saí correndo escada abaixo com as crianças, por que ele fez aquilo comigo? Por que meu Deus? O que eu fiz de tão ruim para que isso acontecesse comigo?

    Peguei um táxi e fui para a casa de Laura, ela com certeza me acolheria. O Arthur não parava de chorar, pois queria ficar com o pai. Dito e feito, Laura me acolheu, mimou meus filhos, e confortou principalmente a mim que não parava de chorar.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora