Cinco anos mais tarde

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CINCO anos se passaram, sim CINCO ANOS. Aconteceu tanta coisa, acho que ficarão boquiabertos quando eu contar. Irei resumidamente falar de tudo um pouco.

Começando pela mais linda amiga de todas: Laura. Ela casou-se a dois anos atrás e teve lindas gêmeas, está morando na Itália, naquela casa que comprei lembram? Ela a comprou de mim e foi com as crianças e com o Marido para lá.

Curiosos quanto ao Guilherme né? Vocês ficarão bárbaros quando eu contar. Aquele alguém que ele tinha conhecido, lembram? Era um homem, sim um HOMEM. Engraçado não? Eles se completam, e acabaram por casar informalmente. Ele evitava falar desse assunto, os pais na época não aceitaram muito. Por falar em seus pais, o coitado do tio de Brooke (pai de Guilherme) morreu ano passado. Ele estava muito debilitado por conta de uma pneumonia que pegou durante o inverno.

Enquanto à mim, às crianças? Brooke? Estávamos vivendo como uma família feliz. Eu desisti de publicidade e entrei para uma faculdade de administração. Eu e Brooke abrimos uma empresa de eventos e ele se especializou na área de doces, salgados e coisas para festas.

Arthur estava com 8 anos, já frequentando a 2ª série e Clara ainda estava na creche. Estava uma correria danada por conta do casamento. Ah, esqueci de contar, eu e Brooke iríamos casar, esperamos somente que a empresa que abrimos embarcasse para o sucesso.

Brooke recuperou todos os movimentos sem nenhuma sequela e estava mais saudável que nunca. Não estávamos pretendendo ter outros filhos. Arthur e Clara já eram o suficiente.

Fui ao aeroporto buscar Laura e sua família que vieram juntamente ao Guilherme e seu companheiro. O casamento seria amanhã, mas eu estava tão louca a ponto de achar que já era hoje. Deixei Laura em sua antiga casa que na verdade era de seus pais, e Guilherme na casa de sua mãe. Peguei a Clarinha e fomos fazer a última prova de seu vestido de dama de honra. Ela tinha ficado maravilhosa, iria levar as alianças e o Arthur iria acompanhá-la. As gêmeas de Laura iriam atrás com as flores.

Meu vestido? Seria o mesmo que minha mãe se casou com meu pai. Eu fiz uma reforma no mesmo e iria utilizá-lo. Na volta da prova do vestido, peguei Arthur na escola e fomos para casa, estávamos morando no apartamento ainda, mas Brooke pretendia mudar-se. Nossa lua de mel seria no Canadá.

- Oi amor! Brooke me abraçou e me deu um selinho. Aqueles cinco anos haviam se passado tão devagar, mas o amor e a paixão que Brooke dizia sentir por mim, nunca se esfriou, sempre esteve quente, como se fosse uma vela acesa que nunca se apagou.

- Papai! Clara veio correndo. - Eu fiquei linda no meu vestidinho! Veio rodando e Brooke riu.

- É mesmo meu amor? A pegou no colo. - Você é a princesinha do pai sabia? Cheirou ela e ela riu descendo de seu colo.

- Pai. Arthur veio atrás e abraçou Brooke. - Vai ter uma seleção na escola para o time de futebol, o senhor acha que eu consigo entrar?

- Claro que você consegue, será o melhor e eu estarei em todos os seus jogos! Abraçou forte Arthur e abaixou a cabeça suspirando.

Não entendi o porque daquilo, parecia preocupado com algo, mas resolvi não falar nada. Fechei a porta e o almoço estava na mesa, pedi as crianças que fossem lavar as mãos e nós comemos juntos. Brooke estava estranho.

- Amor... Está tudo bem? Coloquei minha mão por cima da sua.

- Hã... Acordou de um transe. - Sim amor, só estou pensativo, é o casamento! Nada de mais.

- Ok amor. Continuei comendo. Terminando o almoço, lavei a louça e tomei um banho. Brooke foi para a empresa e eu fiquei em casa ajudando Arthur na lição de casa e brincando com Clara.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora