O Padrasto

O acidente

BROOKE

Seria um cara presente agora na vida de Amanda e de meus filhos, eles precisavam de mim, eu tinha que a conquistar mesmo estando distante, para quando viesse, pudesse a ter de vez.

Eu fui ao aeroporto, mas era tarde de mais, quando cheguei o vôo dela saiu. Cheguei a ver a Laura lá no aeroporto, aliás foi ela quem me avisou que Amanda estaria lá.

Estava decido a terminar com Renata, seguir minha vida sozinho e esperar por Amanda.

Cheguei em casa e fiquei lá pensando em como terminaria com ela, afinal, ela também deve gostar de mim, e eu não queria magoa-la. Fiquei contando as horas no relógio para que eu pudesse ligar para a Amanda, para saber se ela havia chegado bem.

Não dormi, fiquei acordado durante toda a noite e pela manhã liguei para Amanda, porém quem me atendeu foi Guilherme.

- O que faz com o celular da Amanda? Chame-a para mim. Disse impaciente.

- Amanda está descansando, eu não vou a incomodar só porque você quer! Ela e seus filhos chegaram bem, agora não a ligue mais! Não percebe que só a faz sofrer? Esqueça ela. Desligou em minha cara.

Suspirei, como assim? É claro que eu iria tentar outras vezes. Espero que esse Guilherme não fique em meu caminho. Vou dar logo a parte do apartamento a ela para que não more mais com ele.

A Renata chegou em casa, estava toda sorridente com muitas sacolas nas mãos, como sempre, não parava de comprar, e nem sei pra que comprava tantas coisas se não usará nem a metade.

- Oi amor! Se aproximou de mim e me deu um selinho, porém eu virei o rosto.

- Precisamos conversar! A puxei para o sofá e me sentei juntamente a ela.- Eu quero terminar. Esse romance louco da gente nunca dará certo.

- Teminar? Como assim terminar? Essa tempestade num copo d'água por conta da fedelha?

- Ela não é fedelha, ela é a mulher que eu amo, e mãe dos meus filhos.

- Se isso serve de consolo também estou grávida! Se levantou com raiva.

- Mas... como? Sempre nos protegemos, não tem como.

- Tem sim, a camisinha poderia estar furada, ou eu não ter tomado corretamente o remédio. Agora você acha mesmo que eu ficarei gorda para que você se separe de mim? Está muito enganado.

- Meu Deus. Como isso foi acontecer? Coloquei as mãos na cabeça, sabendo que talvez eu fique preso num relacionamento que não me agrada, e frustado por saber que estou a ponto de perder a mulher da minha vida.

AMANDA

Ouvi um barulho de conversa e me levantei, fui até a sala e o Guilherme estava com meu celularna mão.

- Estava falando com quem? Cocei os olhos e me aproximei.

- Com ninguém, ouvi um celular tocando e achei que fosse o seu, mas olhei e não era, e o meu também não é! Devo ter ouvido coisas. Sorriu.

- Ah... Bocejei.- Acho que vou voltar a dormir, se a Clarinha acordar, você me acorda? Para dar mamadeira ou a trocar.

- Pode deixar. Se aproximou e me beijou na testa me levando para o quarto.- Volte a dormir, não dormiu quase nada! Me deitei na cama e ele me cobriu.

- Obrigada! Sorri e ele retribuiu saindo do quarto logo em seguida. Virei para o canto e voltei a dormir.

***

Um tempo se passou, e Brooke não me dava noticias. Acreditei realmente que ele iria mudar, mas fui completamente enganada e me sinto uma tola por ter ido para cama com ele.

A essa altura do campeonato ele já deve ter casado. Eu tinha acabado de receber o dinheiro do apartamentoe comprei a casa que tanto queria, Guilherme estava me ajudando com a mudança, ele era híper prestativo em relação a me ajudar e me deixar destraída.

Falava pouco com Laura, mas sabia que estava prestes a casar e é claro que eu iria para seu casamento, afinal, eu seria uma das madrinhas.

Hoje eu não estava me sentindo bem, estava com uma sensação estranha. Um aperto no coração. Procurei ficar o mais perto possível de meus filhos, para garantir que nada aconteceria com eles. Clara também estava inquieta, chorou o dia todo. E não havia o que a fizesse parar.

- Amanda! Guilherme entrou com tudo no quarto e que ocasionou com susto tremendo em mim. Ele estava ofegante.

- O que foi Guilherme? Me levantei e o olhei preocupada.- O que você tem?

- Tenho uma noticia para te dar, mas senta! Não entendi... Mas me sentei.- Brooke sofreu um acidente! E ele faleceu Amanda, sinto muito.

Meu chão caiu, eu não conseguia ter reação alguma com aquilo, morreu? Não pode ser Deus...

BROOKE

Eu tentava a mais de uns dois meses, ter contado com a Amanda, mas ela nunca atendia minhas ligações, e quando atendia na verdade não era ela, era Guilherme.

Ele nunca me deixava falar com ela, eu tentava falar para Laura falar com ela, mas sempre alguma coisa acontecia e eu não conseguia passar o recado a ela.

A saudade de Amanda estava me matando e a Renata estava mais chata que tudo. Não me deixava a acompanhar ao médico e eu já estava desconfiando de sua gravidez.

- Vou ao médico amor. Me deu um selinho.

- Eu vou também! Me levantei e ela se assustou.

- Não, você vai ficar...

- Não, eu vou! Peguei em seu braço e a levei para fora, fechei a porta e fomos para o carro.

    Dirigi até o médico em que ela disse que passava e descemos. Fomos para dentro e ela se identificiou na recepção. Logo o médico a chamou e entramos:

- Olá Renata, aqui é o exame que você fez mês passado né? O Dr disse folheando algumas páginas.

- Isso... Me olhou de lado e abaixou a cabeça. Ele abriu o exame e olhou todos os papéis. Sorriu e olhou para Renata.

- Você está super saudável, não tem nada o que mudar, e nem o que fazer. Conferiu os exames.

- Viu amor! Sorriu nervosa.

- Não, não... Mas não foi o que viemos fazer aqui, ela está ou não grávida?

- Grávida? O médico riu.- Esses exames não são de gravidez, são de rotina. Olhou novamente os exames e eu a olhei feio.- Mas não, ela não está grávida.

    Bati na mesa do médico e saí descontrolado do consultório. Eu já poderia estar na Itália, com a Amanda, e perdi meu tempo com uma qualquer.

   Ouvi ela vir correndo atrás de mim e senti ela me puxar. Estava com o rosto vermelho, fingia chorar, pois não via lágrima alguma.

- Você precisa me ouvir! Suspirou ofegante.

- Você também precisa me ouvir. Apareça na minha casa quando eu não estiver e pegue suas coisas! Eu não quero mais te ver lá! Tá me ouvindo? Virei e entrei no carro, bati a porta e dei partida. Fui o mais rápido que pude, eu só queria a Amanda! E eu aho que já a perdi.

    Eu iria para o interior de São Paulo, ia passar algumas horas numa cidade no meio do nada, eu precisava respirar, necessitava de ar, queria pensar no que faria agora.

    Eu iria para a Itália, correr atrás do amor da minha vida.

    Estava descontrolado, provavelmente já teria levado umas cinco multas por excesso de velocidade, porém senti o carro passar por um  buraco no qual eu não tinha visto, eu estava derrapando totalmente sem controle na pista, tentava parar o carro mas o freio não funcionava. Então senti o carro ir para o alto, eu iria capotar, e foi o que aconteceu.

    Abri os olhos e estava de cabeça para baixo, sentia o sangue escorrer de algum lugar do me rosto. Estava totalmente tonto, vi alumas pessoas se aproximarem e acabei desmaiando...