O recomeço

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Alguns meses depois, recebemos uma ligação de um homem, cujo nome era Michael Brooke, ele seria o homem que recebeu o coração do papai. Pelo menos conseguimos salvar a vida de alguém né?!

Ele queria nos conhecer, agradecer pessoalmente. Minha mãe, ainda muito abalada, queria evitar esse tipo de contato com alguém que estaria com uma parte do papai, mas eu quis conhecê-lo e fui a seu encontro num sábado à tarde com uma tia minha (por ter somente 10 anos seria perigoso caso fosse sozinha). O mesmo marcara em uma sorveteria, numa avenida próxima a minha casa.

Arrumei-me. Como estava uma tarde ensolarada, vesti apenas um vestido com estampa de flores e fiz um rabo de cavalo no cabelo.

Chegando lá, na companhia de minha tia, o procurei, havia um homem só, numa mesa. Não achei que fosse ele, por ser um homem novo. O mesmo se levantou ao me ver e sorriu, fui até ele e olhei um papel que se encontrava em minha mão com seu nome.

— Michael Brooke? Perguntei, arqueando a sobrancelha.

— Sim! Amanda? Olhou-me contente, e veio ao meu encontro. Me abraçou forte e sussurrou: – Lamento por seu pai, mas obrigado por ter salvado minha vida. Aquele abraço de alguma maneira me confortou e o retribui com a mesma intensidade.

***

Depois daquele encontro, as coisas mudaram. Minha mãe o conheceu, se deram bem e namoraram durante esses 8 anos. Agora noivaram.

Embora minha mãe seja mais velha que o mesmo, isso não os impediu que mantivessem um relacionamento, mesmo por que eram somente dois anos (naquele período minha mãe tinha 33 e ele 31).

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora