Rotina

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Acordei no dia seguinte e Brooke ainda dormia, olhei para ele e acariciei seu rosto, o mesmo abriu os olhos e me olhou com aquela carinha de sono.

— Acordei você? Sorri e o mesmo me abraçou.

— Sim, e isso é muito bom... acordar ao lado da minha princesa! Sorriu e me deu um selinho.

— Então posso fazer isso outras vezes? Levantei a sobrancelha e ri.

— Claro, quantas vezes quiser! Veio por cima e me beijou, retribui e o abracei bem forte. É... eu estava começando a gostar daquele cara que estava todos os dias ao meu lado. Eu ainda achava errado pelo fato de a morte da mamãe, ser pouco recente. Sua mão boba começou a passear por meu corpo:

— Brooke... ri. — Não! Temos visita! Sussurrei e ele riu junto comigo.

— Estou com saudade! Passou a mão por minha nuca e beijou meu pescoço. — Acho tão sexy quando me chama de Brooke. Riu e eu senti ficar com o rosto corado.

— Vamos levantar! Joguei ele para o lado e me levantei correndo, ele continuou deitado e ficou me olhando sair do quarto com um sorriso no rosto.

Quando fui para sala a Laura estava lá brincando com Arthur. Ele sorriu ao me ver e se levantou já querendo andar, mas Laura não deixou e ficou fazendo cócegas nele.

— Como dormiu? Sentei ao seu lado e peguei Arthur que me abraçou.

— Bem, não tanto quanto você. Me cutucou com o cotovelo e eu ri.

— Aí besta, não rolou nada!

— Fome mamã! Passou a mão na barriga dele e depois na minha. A Laura caiu na risada.

— Ele fala? Laura perguntou apontando para o Arthur.

— Falo né mamãe. Fiz voz de bebe e olhei para ele acariciando seu rosto. — Vou fazer teu leite! Me levantei e Laura veio logo atrás.

Quando passamos em frente ao quarto de Brooke ele estava colocando uma blusa. — Vai lá com papai. Coloquei o Arthur no chão e fui para cozinha com Laura.

— O que faço para conquistar de vez meu boy amiga? Me olhou encostando na pia. — Acho que ele tem medo de mim, fica adiando o dia de ir falar com meus pais.

— Faça tudo, menos ir para cama com ele, pode ser isso que ele quer. Comecei a preparar a mamadeira do Arthur.

— Quase fomos esses dias ai atrás, mas ele não tinha preservativo então eu nem fui. Fez careta.

— É bom mesmo não ir, já basta eu grávida né?! Sorri e terminei a mamadeira dele. — Cadê o nenê que está com fome? Brooke apareceu na cozinha e ficou me olhando com o Arthur no colo.

— Estamos com fome mamãe! Brooke disse com voz de bebe. A Laura caiu na risada novamente e Brooke lhe acompanhou.

— Vocês são dois idiotas! Peguei o Arthur e coloquei a mamadeira em sua boca. — Hoje ele falou que estava com fome Brooke.

— Nosso bebe está evoluindo a cada dia mais. Passou a mão em seu rostinho e logo em minha barriga. — E esse aqui também.

— Parem com isso, vão me fazer chorar! Laura disse coçando os olhos e nós demos risada.

Arrumamos a casa e Brooke nos levou para almoçar fora. Não me sentia muito segura fora de casa, mas ao lado de Brooke, era bem melhor. Sempre sentia alguém me vigiando, devia ser o trauma de ter sido sequestrada, provavelmente teria de passar por um psicólogo.

Almoçamos e Brooke deixou a Laura em sua casa e voltamos para a nossa, passamos em frente a nossa antiga casa, e me bateu uma saudade de papai e mamãe. Chegamos em casa e ficamos assistindo filme, por estar uma tarde muito fria. Nos enrolamos nas cobertas e ficamos assistindo o desenho que o Arthur mais gostava.

A noite foi caindo e eu dei uma papinha que havia comprado no mercado para Arthur. Como esperado, ele adorou, ainda bem que já podia comer. Seus dentes já estavam em fase de crescimento e daqui uns dias tenho certeza que ele seria a criança mais chata desse mundo.

Dei banho e coloquei ele para dormir, Brooke fez um filé para jantarmos que estava divino, Brooke tinha mãos de anjo. Deixei ele lavando a louça e fui tomar banho. Logo após coloquei uma calça, meias e uma blusa de frio, deitei e me cobri até a cabeça, ouvi o barulho do chuveiro e cochilei logo em seguida.

Senti algo me abraçar por trás e acordei assustada. Olhei para trás e era Brooke, estava só com um samba canção e com a pele super quente.

— Pensei que fosse dormir comigo! Falou em meu ouvido. — Mas já que não, eu venho até você! Riu e eu soltei um riso.

— Tem que parar com esse costume de querer dormir junto! Virei para ele e passei minha perna sobre sua cintura.

— Mas por que? Somos um casal. Casais dormem juntos! Me olhou nos olhos e continuou a me abraçar.

— Somos? O olhei e ficamos quietos por alguns instantes, logo o beijei para quebrar aquela distancia que havia entre nós. Dormi aconchegada em seus braços, bem quentes.

***

No dia seguinte Brooke disse que teria de sair, ir à padaria, resolver umas coisas, mas que logo estaria de volta:

— Eu amo você! Fica bem! Me deu um selinho, engoli seco na parte do "eu amo você", eu ainda não podia retribuir aquilo.

— Não acha que estamos indo rápido demais? O olhei.

— Tudo ao seu tempo! Beijou a testa do Arthur e piscou para mim, saindo logo em seguida; tranquei a porta e fui dar uma arrumada nas coisas. Lavei umas roupas, troquei as camas e fiz o almoço, acho que ele ainda viria para almoçar.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora