A mudança

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***

- Então é aqui! Ele disse subindo as escadas depois de termos estacionado na garagem do prédio.

- Mas aqui não é muito pequeno? Levantei a sobrancelha e o olhei.

- Não, o apartamento tem três quartos. É seguro, e tem garagem. Tocou a campainha e um homem abriu com um sorriso no rosto logo abraçando Brooke.

- Meus pêsames por sua mulher... deu-me um aperto no coração e abaixei a cabeça;

- Tudo bem, essa aqui é minha enteada. Passou a mão sobre minhas costas fazendo com que eu me aproximasse do moço.

- Olá. Estendeu-me a mão e eu a peguei, dando um aperto amigável.

- Oi... Entrei na casa e olhei tudo.

- Então, pensou na proposta que lhe fiz? O homem perguntou ao Brooke. - Estou fazendo esta oferta somente para você, pense bem antes de recusar! Brooke ficou um tempo calado.

- Sim eu aceito! Respondeu. Me virei rapidamente e o olhei com raiva.

- Brooke você disse que nós só íamos ver! Gritei.

- Amanda, ele está vendendo o apartamento pela metade do preço, temos que aceitar!

- Mesmo assim! Eu não permito que você venda a casa da minha mãe assim sem menos, para me colocar em um buraco onde eu não conheço ninguém;

- Passa a conhecer! Fiquei com tanta raiva, e sai do apartamento sem ao menos conhece-lo. Desci as escadas correndo e fui até o carro, lá desabei a chorar. Quanta coisa, que reviravolta que está acontecendo em minha vida, meu Deus me ajude a superar tudo isso.

    Depois de um tempo, Brooke desceu, e abriu o carro, entrei e bati a porta, coloquei o cinto e olhei para a janela. Ele suspirou e fez o mesmo, ligou o carro e deu partida, saímos do estacionamento e fomos direto para casa.

    Quando chegamos o caminhão da loja onde compramos os móveis do Arthur estava lá a nossa espera, quase indo embora na verdade.

- Vocês vão levar para esse endereço. O Brooke deu um papel ao motorista. - E desculpem-me pelo incomodo.

- Pera ai! Para onde eles vão levar todas essas coisas?

- Para o apartamento, oras.

- Que apartamento? Não me diga que você... coloquei a mão na boca. - Por que você fez isso? Não é justo, essa casa também é minha!

- Eu sei, mas é o melhor, ou você quer ficar aqui nessa casa, com a presença do seu pai e a da sua mãe rondando a mesma? Você e o Arthur vão sofrer muito se ficarem aqui, é para o bem de vocês!

- Isso não é fazer bem! Eu quero ficar aqui! Comecei a chorar e o Brooke me abraçou.

- Calma... um dia você me agradecerá! Fez cafune em meu cabelo.

    Ele ligou para um carreto e enquanto o mesmo não chegara, ele foi arrumando suas coisas enquanto eu arrumava minhas malas. Liguei para Laura para que ela viesse se despedir e me ajudar a arrumar as coisas. Logo a mesma chegou.

- Não vai amiga! Me abraçou forte chorando.

- Eu também não queria ir mas o Brooke está praticamente me obrigando.

- Que idiota! Fez carinho em mim.

- Mas não é tão longe daqui! Você poderá ir me ver a hora que quiser, as portas estarão abertas para você!

- Eu sei, mas eu não queria que fosse!

- Chega desse assunto, vem me ajudar, vou colocar em um saco as roupas da minha mãe... Irei doa-las.

- Ok. Fomos para o quarto da minha mãe e abrimos o seu guarda roupa, haviam muitas roupas e fui tirando junto com a Laura e colocando dentro do saco.

    Assim que o guarda roupa estava praticamente vazio, havia uma caixa grande, ela era branca com alguns detalhes dourados. Peguei a mesma e olhei o que tinha dentro, quando abri havia um vestido branco, coloquei em cima da cama e puxei as alças do mesmo. Era um vestido de casamento, e eu me lembro bem que vestido era esse, foi o que mamãe usou em seu casamento com papai.

- Laura! Olha o que achei! Mostrei o vestido para ela sobre meu corpo.

- Nossa que lindo, era o que sua mãe iria usar no casamento?

- Não esse vestido minha mãe usou no casamento com meu pai, eu tenho fotos e não poderia me esquecer dele, ela disse que queria que eu o usasse no dia do meu casamento.

- E você vai usar? Passou a mão sobre o vestido levantando uma sobrancelha.

- Claro, e eu espero que seu espirito esteja na igreja no dia em que eu casar!

- Credo menina, para de falar besteira!

- Ué, que besteira? Se ela não pode estar em carne, que seu espirito esteja lá, me apoiando e me enchendo de luz! Sorri girando com o vestido pelo quarto. O abracei e senti seu cheiro, era o cheiro da mamãe!

    Guardei o mesmo na caixa e a deixei em um canto. Terminamos de guardar as coisas, e levamos para sala. Deixamos ao lado das minhas malas. Peguei uma caixa e fui pegando os porta retratos da caixa, eu ia limpando e a Laura ia colocando na caixa.

    Tinha uma foto minha de meu pai e mamãe. A abracei forte e deixei uma lagrima cair, essa eu vou fazer um quadro para colocar em meu quarto. Dei para Laura e a mesma guardou na caixa. Acabamos e o Brooke veio com umas três caixas.

- Como vai pagar o apartamento se não vendeu a casa ainda? Me levantei limpando as mãos na calça e soltando um longo suspiro.

- Ele disse que vai esperar que eu venda a casa para lhe dar a parte no dinheiro! Colocou as caixas no chão. Aqui tem tudo que estava lá em cima, agora só falta o carreto para que leve os móveis.

    A campainha toca e era o dono do carreto, trouxe 3 ajudantes e em uma hora tudo foi posto dentro do caminhão, colocamos os objetos e as malas no carro. E então eu abracei forte Laura.

- Vai me ver tá? Chorei enquanto a abraçava. E ela acenou com a cabeça, entrei no carro com Brooke e seguimos para a nova casa. O caminhão viera logo atrás, entramos no condomínio e subimos para o apartamento, aproveitei para ver como ele era, já que não tinha visto.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora