O trauma

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Os três dias que pareciam ser eternos, se passaram, e finalmente eu recebi alta, já estava bem melhor, não sentia mais dores pelo corpo, e os hematomas, quase nem estavam mais visíveis.

O Arthur não pôde vir esses dias, porque os médicos não queriam crianças circulando por essa área, então eu imagino que ele deve estar muito mal. Arrumei minhas coisas e o Brooke me levou para casa.

Assim que chegamos, a tia do Brooke disse que ele estava dormindo, então fui para o quarto do mesmo, o peguei no colo e o mesmo começou a chorar, mas quando abriu aqueles olhos azuis, me abraçou forte e riu.

Achei que nunca mais iria poder tocar em meu irmão, sentir seu abraço, seu cheiro. Aquela coisinha pequena, tão frágil.

A agradecemos pelos cuidados com Arthur e ela foi embora. Eu faria a janta naquela noite. Seria algo simples, mas que faria de coração, agradecer o Brooke por ele ter ficado comigo todos os dias. Ele estava quebrado, de ter que dormir naquele sofá.

Fiz uma lasanha, parecia estar boa, se Brooke não estivesse ali, eu a comeria por inteiro, depois de quase duas semanas tomando aquelas sopas de hospital, eu merecia algo mais forte, algo que me nutrisse de energia. Nada melhor que uma lasanha.

— Ummmm...! O cheiro está ótimo. Sorriu entrando na cozinha.

— Que tal uma sobremesa em senhor Brooke? Sorri.

— Por favor Amanda, me chame de Michael.... Pegou em minhas mãos. — Faço o que você quiser, minha princesa. Beijou as costas de minha mão e em seguida me olhou com aquele olhar que derrete qualquer mulher. Senti que corei e voltei a olhar para a pia onde eu terminava de lavar a louça que havia sujado.

— É.... Pode fazer um bolo ou sei lá, um mousse. Sorri.

  Ele se calou e sorriu indo em direção a geladeira, nem vi o que estava pegando, mas sei que estava fazendo algo para comer.

Preparei a mamadeira do Arthur e também a mesa onde iriamos comer. Quando tudo já estava pronto, me retirei para tomar um banho. Coloquei uma blusa simples e um short de malha mesmo, fui até a cozinha e peguei a mamadeira.

— Até com roupa de dormir você fica linda! Disse Brooke, me abraçando por trás.

— Bro.. Michael.... Não podemos! Me afastei e ele me puxou para si.

— Não tentamos, então não sabemos. Uma chance! Me olhou nos olhos, fiquei o olhando também, e então ele me beijou, eu claro, aceitei. As mãos bobas dele começaram a esquentar aquele beijo que mais parecia da novela das 9.

Parei o mesmo e corri para o quarto do Arthur cheia de vergonha. Peguei o mesmo e lhe dei mamadeira, estava com fome igual a um cabritinho, mamou até a última gota da mamadeira.

Deixei o mesmo assistindo TV e fui jantar juntamente ao Brooke, foi um jantar calmo, não trocamos muitas palavras e então fomos para a sobremesa, ele havia feito uma torta de chocolate, minha preferida.

Depois de terminado ele foi lavar a louça e eu dar um banho no Arthur para que ele pudesse dormir quentinho. Coloquei pomada, talco, fralda e roupinha quentinha. O fiz dormir e coloquei o mesmo no berço, o cobri e apaguei as luzes, deixei somente o abajur aceso, pois o Arthur não gostava de escuro.

Fui fechar a porta e apagar as luzes pois acho que Brooke já havia ido dormir, entrei em seu quarto e a cama já estava pronta, porém não havia ninguém deitado na mesma.

— Brooke? Chamei pelo mesmo e ele saiu do banheiro com uma toalha na cintura, fiquei olhando de boca aberta. Que corpo... e aqueles pingos sobre seu peito e abdômen... Ele estava fazendo sua barba e ficou me olhando com um sorriso convencido.

— O que foi? Perguntou. Me sentei na cama e fiquei olhando para o mesmo.

— Vim dar boa noite, vou dormir. Sorri e ele voltou para frente do espelho e continuou tirando a barba.

— Deixa só eu terminar aqui! Lavou o barbeador e logo depois seu rosto, me levantei e fiquei olhando para uma prateleira que tinha em seu quarto, havia vários troféus de futebol e basquete, de sua adolescência.

— Lindos né! Falou e eu olhei para trás, o mesmo ajeitava seu membro na cueca que nem eu mesmo tinha visto colocar. — Esse é de quando eu estava na primeira série.... Pegou um e me mostrou. — Foi meu primeiro jogo. Sorriu e colocou lá novamente.

— Por que não mostrava antes lá em casa? Me virei e olhei para o mesmo.

— Sua mãe não era muito fã de troféus. Riu, e eu não iria irrita-la por bobagens.

— Pois eu gostei de todos. Sorri, senti suas mãos pegarem em minha cintura e me puxarem para mais perto dele.

— Acho que esta noite terei companhia para dormir. Sorriu e me beijou, sua língua explorou minha boca por completo. Ele foi me levando para sua cama, tentei recuar, mas ele era mais forte, então acabei por ceder.

  Quando deitamos, sua mão já explorava maior parte do meu corpo. Estávamos quentes e ofegantes. Ele ajeitou meu corpo na cama e veio logo por cima nos cobrindo. Novamente me beijou e senti seus toques em minhas intimidades, sua mão fria me fazia arrepiar. Ele foi descendo aqueles beijos por meu pescoço e então senti aquele volume me pressionar, ele abaixou sua cueca e colocou o short juntamente a calcinha que eu vestia para o lado.

Fechei meus olhos, e tentei não lembrar do que me havia acontecido, aquilo de uma certa forma, me atingia. Quando senti seu membro dentro de mim, abri os olhos e vi Matheus ali em minha frente, empurrei o mesmo com força e olhei cair ao meu lado.

— Não encosta em mim! Eu tremia e sussurrava várias vezes a mesma coisa. Ele me abraçou tentando me controlar.

— Amanda, se acalma, sou eu! Michael, eu não vou te fazer mal, mas por favor se acalme. Ao ouvir sua voz, relaxei meus músculos e também minha mente. — Não vou fazer nada, você é minha princesa, só faço o que você quiser que eu faça.

  Dormi aos braços de Brooke, com as carícias que o mesmo fizera.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora