O parto

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    As semanas foram se passando... Eu e o Guilherme nos tornamos grandes amigos, o Brooke cada vez mais se distanciava, no começo, ligava todos os dias, agora se liga duas vezes por semana, já é muito.

- Vamos Amanda, vamos nos atrasar. Ouvi ele abrir a porta, fui correndo para sala arrumando a blusa.

- Sabia que as blusas ficam mais apertadas quando a barriga da mulher grávida cresce?

- Hum... me lembre de comprar blusas mais largas. Riu, peguei o Arthur pela mão e fomos andando. Arthur agora corria pra baixo e para cima, era um pestinha.

    Hoje iríamos no médico saber o sexo do meu bebê, ele já mexia bastante aqui dentro, as vezes não deixava nem eu dormir.

    Entramos no carro, e eu coloquei o cinto na cadeirinha do Arthur e logo o meu, que também me apertava. Demorou um pouco, pois eram muitas ruas, eu já sabia falar um pouco de Italiano, o Guilherme andou me ensinando, não tinha problemas para ir ao mercado e coisas do tipo.

    Chegando no médico, o atendimento foi bem rápido e logo estávamos na sala do médico.

- Tu sei il padre? (Você é o pai?)

- No, no! Guilherme riu e então me deitei na maca, ele passou o gel em minha barriga, massageou e passou a máquina. Meu bebê, estava tão grande, eu ouvia seu coração bater e era maravilhoso.

- Vediamo, beh, sembra essere una ragazza. (Vejamos, bom, parece ser uma menina.) Continuou olhando para a tela.

- O que ele disse Guilherme? Sorri.- É uma menina? O olhei.

- Sim! É uma menina. Riu e pegou em minha mão.- Uma linda menininha. Beijou minha testa.

- Sei al sesto mese di gravidanza, ottiene un sacco di riposo, e di esercizio che vi aiuter. (Você está no sexto mês de gestação, descanse bastante, e faça exercícios que lhe ajudem no momento do parto.)

***

    Agradecemos e saímos do consultório, fomos para um restaurante, almoçamos e fomos para casa. Estava anciosa para falar para o Michael que viria uma Clarinha. Liguei o skype e lhe chamei, o mesmo atendeu.

- Oi amor, bom dia. Lá era manhã.

- Bom dia, o que foi?

- Só queria dizer que fui ao médico.

- Algum problema com o bebê?

- Não, fui fazer o ultrasson, para descobrir o sexo. Sorri e passei a mão na barriga.

- E é o que? Olhou.

- A pequena Clara. Sorri e o mesmo sorriu de lado.

- Que bom, depois eu te ligo. Ouvi a campainha de lá tocar.

- Está esperando alguém?

- Não! Tchau, depois te ligo. Desligou a web, suspirei. Ele estava estranho, não era mais o Brooke que eu conhecia, estava distante de mim. Eu queria ele aqui, no parto, perto de mim...

***

    Os meses foram se passando e a semana do parto chegou, ela iria nascer essa semana, a qualquer hora. Brooke não deu notícias semana passada e ainda não ligou essa semana, não iria mais correr atrás também, quando o julgamento daquele cafajeste acontecesse, eu estaria de volta, Laura prometeu me manter informada.

    Minha barriga estava tão grande e dolorida, que eu mal conseguia dormir, estava com medo do parto, afinal minha mãe morreu no do meu irmão né, não tinha riscos de isso acontecer, o médico me deixava bem mais aliviada em relação a isso, mas mesmo assim eu sentia medo.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora