Ana Luiza 💋
Continuei parada na porta e fixei meus olhos naquela cena, o Gustavo estava sentado na cama olhando para o chão enquanto seu rosto estava inundado de lágrimas, ele estava chorando e isso me deixou mais preocupada do que já estava, eu nunca tinha visto ele chorar e confesso que isso mexeu pra caralho comigo, eu percebia que ele estava travando uma luta consigo mesmo.
Sem pensar duas vezes eu me aproximei dele e me ajoelhei na sua frente colocando delicadamente minha mão em seu rosto, ele encarou meus olhos e respirou fundo tentando conter as lágrimas.
— O que aconteceu pra você ficar desse jeito meu amor? — fiz carinho no seu rosto e ele continuou me encarando sem dizer uma palavra — Por favor amor me fala, eu nunca vi você assim e estou muito preocupada. — pedi com a voz calma.
— Tu me ama independente de quem eu sou né? — perguntou com a voz trêmula e eu estranhei aquela pergunta.
— Claro que sim Gustavo, mas porque essa pergunta? — me levantei e sentei ao seu lado na cama.
— Eu fiz coisas da qual tu não se orgulharia e porra minha pretinha, eu tô com medo caralho, é eu tô com medo de te perder por causa disso. — falou todo nervoso e eu ri.
— Primeiro me conta o que você fez, mas antes eu estou te dando a certeza de que não vai me perder tá? — segurei suas mãos e fiz carinho.
— Eu fui atrás do Jota e da Milena e digamos que as coisas não ficaram nada boa para o lado deles. — me olhou esperando alguma reação negativa e continuei do mesmo jeito.
— Você matou eles é isso? — perguntei e ele negou com a cabeça me deixando confusa.
— Não, eu não matei... — falou meio receosa.
— Então me conta o que você fez porque eu juro que não tô entendendo porra nenhuma. — confessei meio perdida.
— É necessário mermo eu te contar isso preta? — me encarou e eu concordei.
— Sim, agora desembucha porque você não é homem de enrolar! — soltei suas mãos e cruzei meus braços.
— Digamos que eu fiz uns cortes no rosto do Jota e pra finalizar perfurei a bochecha dele com a faca deixando um buraco, na Milena eu dei uns tapas na cara, queimei o canto da sua boca e a língua com um cigarro de maconha! — falou tudo de uma vez e eu continuei com a expressão séria.
Eu já tinha entendido tudo, o medo dele era que eu ficasse assustada e associasse isso ao dia que ele havia me enforcado, naquele dia eu tinha sim ficado assustada e falei coisas da qual naquela época tinha sido verídica, mas já se passaram meses e agora eu tenho certeza que o meu Gustavo era um homem bom independente da personalidade raivosa que ele guardava dentro de si, eu havia conhecido ele desse jeito e porra ele é dono de um morro, é claro que vai ter certos momentos que ele vai precisar ter sangue frio ou caso ao contrário seria bem fácil dos inimigos passarem a perna nele.
— Meu amor eu só quero que você me responda três coisa tá bom? — olhei dentro dos seus olhos.
— Tá bom! — falou meio desconfiado.
— Seu medo é que eu fique assustada e associe isso ao dia que você me enforcou? — fui direta e ele me olhou incrédulo.
— Hum... Sim! — falou sem exitar.
— Certo, agora me responde mais uma coisa, você me machucaria novamente? — continuei olhando dento dos olhos dele.
— Porra, claro que não, quer dizer eu machucaria na cama porque eu sei que tu gosta, mas fora dela com toda certeza é não! — me olhou e eu respirei fundo tentando controlar a risada.
— Certo, agora me responde a última coisa, você lembra no dia que eu peguei em uma arma sem saber atirar pra te defender? — perguntei e ele deu um sorrisinho.
— Lembro, esse dia foi foda pra caralho e tu tava brabona com minha arma na mão! — falou todo descontraído.
— Bom, esse é ponto que eu queria chegar! — me sentei no colo dele e segurei seu rosto com as duas mãos — Já se passaram meses do dia que você me enforcou, eu sei que você nunca seria capaz de me machucar novamente e você me confirmou isso a dois minutos atrás, mas porra amor eu me envolvi com você sabendo quem você era e eu sei que em certos momentos você vai precisar mostrar um lado seu do qual eu tinha medo — frisei a duas últimas partes e voltei a falar — Se eu fui capaz de matar alguém pra te defender eu não vou te julgar por matar várias pessoas pra defender seu morro e principalmente por me proteger, então por favor tira essas paranóias da sua cabeça porque eu te amo e como eu afirmei no começo da nossa conversa, você não vai me perder! — dei um selinho demorado em seus lábios.
— Porra, eu ainda vou casar com você Ana Luiza, tu não sabe o peso que acabou de tirar das minhas costas. — apertou forte minha cintura e cheirou meu pescoço.
— Eu só dei a segurança que eu sabia que você estava precisando, afinal você tava sendo paranóico em vão né amor. — dei risada e ele revirou os olhos.
— Não tenho culpa se eu te amo e estava com medo de perder você sua cachorra insensível. — deu um tapão na minha coxa e eu gemi pela dor.
— Amor, você até chorou por causa disso e puta que pariu eu nunca tinha visto você chorar. — gargalhei e ele fechou a cara.
— Isso, fica gastando mermo sua filha da puta! — deu outro tapa na minha coxa e eu parei de rir ao sentir a dor.
— Ai porra, sua mão é pesada e seu tapa dói sabia? — falei vendo minha coxa ficar com a marca certinha da mão dele.
— Quando tá de quatro pra mim não te vejo reclamar minha pretinha. — deu risada.
— Vai se foder Gustavo! — saí do colo dele e me joguei na cama.
— Não posso foder sozinho amor, sua buceta ainda tá machucada e eu não quero deixar ela pior. — falou sínico e eu dei um tapão nas costas dele.
— É culpa sua tá? — olhei em seus olhos e fiz biquinho cruzando meus braços.
— Na próxima eu te fodo mais devagar tá bom? — debochou e eu segurei a risada.
— Nossa cara, você não vale porra nenhuma né? — perguntei e ele me olhou com a sombrancelha arqueada.
— Assim tu me ofende minha pretinha! — falou beijando meu pescoço e eu ri.
Ele deitou a cabeça no meu peito e levou a mão para dentro da sua camisa que eu estava vestida, mordi o lábio inferior evitando um gemido quando ele apertou um dos meus seios e começou a brincar com meu mamilo fazendo movimentos com a ponta dos seus dedos.
Fechei meus olhos e fiquei fazendo carinho no cabelo dele enquanto nossos corpos se mantinham relaxado pelo carinho proporcionado por ambos.
— Amor, saiba que eu te amo muito e que você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida! — sussurrei.
— Pô pretinha, eu também te amo pra caralho e eu nem preciso dizer que tu foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida porque disso tu já sabe! — susurrou.
Dei um sorriso e aconcheguei mais ainda o corpo dele no meu e após sentir a respiração dele ficar mais pesada e os movimentos no meu peito pararem completamente eu tive a certeza que ele havia caído no sono, ele dormiu bem aqui nos meus braços onde sempre será o lugar de paz dele!
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Atração Perigosa
RandomApesar de qualquer vestígio de atração que meu corpo possa sentir por você, meu cérebro sabe o que é melhor.