Capítulo 77

13.3K 756 112
                                    

Ana Luiza 💋

Assim que cheguei próximo a boca puxei o ar tentando controlar minha respiração, isso que dar subir essa ladeira enorme correndo. Recuperei minha dignidade e sem comprimentar ninguém adentrei a sala do Gustavo em disparada.

Percorri meu olhar na sala e vi ele sentando na sua cadeira fumando um cigarro de maconha, enquanto os meninos estavam espalhados pela sala junto com o meu pai. Ótimo, eles todam estavam reunidos e iria poupar minha saliva.

— O que tu tá fazendo aqui? — Gustavo deu a volta na mesa e parou na minha frente segurando o cigarro entre os seus dedos.

— Oi pra você também amor! — debochei e ele deu um sorrisinho.

— Deixa de enrolação, fala logo o que veio fazer aqui, tu sabe que aqui não é lugar pra tu ficar. — me olhou com a expressão séria.

— Se não fosse importante eu não estaria aqui! — retruquei de braços cruzados.

— Deixa ela falar Matarazzo. — meu pai falou e eu agradeci com um meio sorriso.

Os meninos permaneceram calados e o Gustavo fez o mesmo, agora me olhando de braços cruzados. Eu respirei fundo e olhei para todos eles finalmente tomando coragem pra falar o porque de eu está aqui.

— O Samuel me mandou mensagem! — fui direta e todos eles me olharam com a expressão séria.

— Como é? — meu pai deu um grito e se aproximou de mim.

— O que aquele pau no cu disse pra tu? — Gustavo perguntou jogando o cigarro de maconha no chão e apagando com o pé.

— Ele disse que sabe que foi você que matou o Carlão — apontei para meu pai — Disse também que ficou sabendo que a gente descobriu que minha mãe está viva e que as coisas não seriam tão fácil assim, nem que ele precise matar ela de verdade. — falei.

— Que desgraça, eu sabia que era pra gente ter adiantado esse caralho de resgate! — meu pai gritou chutando uma cadeira pra longe.

— Pai, a gente não pode deixar esse homem machucar a minha mãe de novo, a gente precisa agir. — falei com convicção e ele suspirou mantendo a calma.

— A gente precisa agir? — Gustavo perguntou me olhando com um sorrisinho na cara.

— Sim! Eu quero fazer esse homem sofrer com as minhas próprias mãos, ele vai pagar por todo mal que causou em mim e na minha mãe. — falei determinada.

— Caralho... Matarazzo, tu criou um monstro, a Analu está com sangue nos olhos meu parceiro! — Souza falou dando um tapinha no ombro dele.

— A Analu vai pra mostrar de quem é filha e namorada! — Ribeiro gastou e eu acabei dando risada.

— Isso quer dizer que tu vai com a gente? — meu pai perguntou me olhando de braços cruzados.

— Vou sim! — falei de cabeça erguida.

— Tu tem certeza mermo minha pretinha? — Gustavo perguntou fazendo carinho na minha bochecha.

— Tenho sim, isso é muito importante pra mim! — dei um selinho em seus lábios — Não precisa se preocupar comigo, vocês vão está lá e além do mais eu fui treinada pelo melhor né? — fiz carinho na sua barba.

— Tudo bem, se é importante pra tu nós não vamos impedir! —  Gustavo falou olhando para meu pai pedindo a confirmação das suas palavras.

— Pode pá, estou orgulhoso de tu minha princesinha — se aproximou de mim e deu um beijo na minha testa — Agora vamos recapitular todo o plano pra tu. — falou e eu concordei com a cabeça.

— Eaí Ratinho, conseguiu rastrear? — Gustavo perguntou olhando para o ratinho sentado em uma cadeira no canto da sala.

Só agora eu percebi que ele ainda estava na sala, dos meninos ele foi o único que não se pronunciou nenhum momento. Olhei para o que ele estava fazendo e vi um notebook posicionado em seu colo e meu celular em sua mão? Pera quando ele pegou meu celular que eu nem vi?

— Ainda não, só mais alguns minutos e eu descubro! — Ratinho falou sem tirar os olhos do notebook.

— O que ele está fazendo com meu celular nas mãos? — perguntei para o Gustavo.

— Ele tá tentando rastrear o número pra saber da onde o arrombado do Samuel mandou a mensagem! — falou me tranquilizando.

— Ele não vai mexer em mais nada né? — perguntei receosa e ele riu.

— Não, relaxa que seus nudes tão seguros minha preta. — falou e eu dei um tapa nele.

— Fala baixo Gustavo, ninguém precisa saber que eu te mando nudes. — susurrei e ele deu risada.

— Também acho! — Ribeiro falou e a gente olhou pra ele — O que? Vocês realmente não falaram baixo — debochou e o Gustavo respirou fundo.

— Eu ainda vou te quebrar na porrada seu filho da puta! — Gustavo falou com a expressão séria e o Ribeiro riu.

— Tô morrendo de medo. — Ribeiro debochou, Gustavo fez menção de se aproximar e ele se escondeu atrás de mim.

— Deixa de agonia vocês dois, e você para de provocar. — apontei para o Ribeiro.

Os dois ficaram quietos e eu respirei aliviada voltando a minha atenção para o que o Ratinho fazia, seus dedos clicavam bem rápido na tecla do notebook e seus olhos nem piscavam direito de tão concentrado que estava.

— Consegui! — Ratinho gritou chamando a atenção de todos pra ele.

— Onde esse pau no cu tá? — meu pai perguntou ao se aproximar do Ratinho.

— Ainda tá em Búzios e pela localização é a merma casinha que tu viu a Helena! — Ratinho falou.

— Burro pra caralho mermão. — Ribeiro falou negando com a cabeça.

— A burrice dele deu uma vantagem do caralho pra gente, nós precisa agir essa madrugada e pegar ele desprevenido. — Gustavo falou e todos concordaram.

— Pode pá, o quanto antes a gente agir melhor, de madrugada é sempre perfeito pô, dar pra fazer tudo na maciota. — Souza falou.

— Pelo que eu pude perceber esse é o melhor horário mermo, o movimento fica bem mais fraco. — meu pai falou andando de um lado para o outro na sala.

— Ótimo, qual é o plano? — perguntei e todos eles me olharam — O que gente? Eu já disse que eu vou, e nenhum de vocês vai me fazer mudar de idéia. — bati o pé e apoiei a mão na cintura olhando pra eles com deboche.

— A gente só tá surpreso minha pretinha, nunca vimos tu assim pô! — Gustavo me abraçou por trás e beijou meu pescoço.

— Eu só estou com raiva e quero fazer ele pagar por tudo que fez comigo e com a minha mãe! — dei um sorrisinho — Agora parem de me enrolar e falem logo qual é o plano. — falei autoritária.

Depois de eu ter praticamente mandado eles começaram a me contar todo o plano e conforme eles falavam mais impressionada eu ficava, era tudo estrategicamente calculado e não parecia ter nenhuma falha.

Eu estava muito confiante e algo dentro de mim tá dizendo que nós vamos conseguir resgatar a minha mãe.

×××

Atração Perigosa Onde histórias criam vida. Descubra agora