Lutsie Lancaster
As duas mulheres sorriram, e ficaram na minha frente.
- Você é muito linda, Lutsie! - uma das mulheres disse, ela tinha cabelo loiro, e aparentava ter mais de 50 anos.
- Muito obrigada. - sorri, tentando ser simpática.
- Lutsie, Paola e Lica, essas são Jean e Merlin. Elas trabalham aqui há mais de 38 anos. Elas vão ajudar vocês aqui. - meu pai diz, e nos três assentindo.
- Oi, Jean. Oi, Merlin. - a Paola cumprimenta as senhoras, animada.
- Olá, pequena. Você deve estar no primeiro ano, certo? - a Merlin diz, olhando para a Paola.
- Não... Eu tô no último ano, e sou repetente. - a Paola diz.
Ser rebaixada não era tão bom assim, Paola sempre era comparada com crianças, e ela queria que isso fosse mentira.
- Ah. Achei que tivesse quatorze anos... - a Merlin diz. - Então vocês três já estão no último ano do ensino médio?
- Ahan, e infelizmente as três são repetentes. - a Lica responde.
- Entendo, eu também fui repente na minha época, até hoje não sei o que é hipotenusa. - a Jean diz, e nos três rimos.
Acontece que: eu também não sei o que é.
[...]
A Jean e a Merlin nos levaram para dentro, em seguida para a sala da direção.
Meu pai nos acompanhou, afim de falar com a Ginny.
Nós entramos na sala.
- Querido Ramón! - a mulher, que chuto ser Ginny por motivos óbvios, se levanta, e abraça meu pai.
- Ginny! Santo Deus, quanto tempo. - os dois se afastam, segurando as mãos. - Continua incrivelmente linda. Como está a Antonnela?
Quem demônios é Antonnela?
- Ah, que isso. - Ginny sorriu. - A Antonnela está muito bem. - a Ginny responde, e se vira para nós três. - Aqui está as pequenas.
A Ginny era bem alta, e estava ainda mais alta por conta dos saltos que usava, ela tinha cabelos curtos e lisos, a lateral direita do cabelo era raspada.
Senti uma vibração gay.
- Eu estou tentando desvendar quem é a Lutsie. - a Ginny diz. - Talvez essa pequena aqui?
Ela parou em frente a Paola.
- É a rockeira. - meu pai diz, e os olhos da Ginny param em mim.
Quantos mais adjetivos meu pai vai usar para falar quem eu sou?
- Minha pequena Lutsie. - a Ginny me abraçou, e eu retribui.
O abraço foi finalizado, e a Ginny olhou no meu rosto.
- Você é muito linda, Lutsie. - ela sorri. - Paola e Lica.
A Ginny olha para minhas duas amigas.
- Quem é Paola, e quem é Lica? - a Ginny pergunta confusa.
- Eu sou a Paola. - a Paola levanta a mão. - É um prazer te conhecer, Senhorita Ginny.
Puxa saco.
- E eu sou a Lica.
- Não precisa do senhorita, quero que possamos ser mais íntimas. Estamos todos ligados de alguma forma. - a Ginny diz, com um sorriso. - É muito bom poder receber vocês três aqui, principalmente a filha de um grande amigo. Falando nisso, Ramón, precisamos marcar um jantar.
O jantar que se dane, o que eu quero é a comida.
- Claro, claro. Vou fazer uma viagem a trabalho, fico uma semana fora, quando eu voltar, marcamos. - meu pai diz, e a Ginny assente, sorrindo.
Acho que essa mulher é a nova contratada da Colgate.
A Ginny exalava elegância. Ela estava vestindo um terno preto, os salto altos, e acessórios, todos em prata.
Me apaixonei. Será que ela é casada?
- Perfeito assim. - a Ginny respondeu ao meu pai. - Meninas, eu queria poder mostrar o quarto de vocês, e apresentar o Maroz, mas infelizmente não poderei. A Jean e a Merlin irá apresentar o Maroz para vocês, hoje vocês não vão participar das aulas, mas amanhã vocês já começam, okay?
- Sem problemas. - respondi.
Ainda bem.
Nós saímos do escritório, as meninas foram na frente com a Jean e a Merlin, depois de pegar nossas malas e eu fiquei para conversar com meu pai.
- Eu estou apostando tudo em você, Lutsie. Não me decepcione, por favor. - meu pai diz, juntando as mãos, implorando.
- Eu prometo não te decepcionar, Pai. - eu digo.
Não estava mentindo, eu realmente faria o possível, e o impossível para não decepcionar meu pai e a Ginny.
Mas ser serelepe é tão bom...
- Muito obrigado por tentar, Lutsie. Eu te amo muito.
- Eu também te amo, Pai. - eu digo, e meu pai sorri.
- Agora você precisa ir com elas. Um beijo, minha pimentinha. - meu pai me lança um beijo na testa, e volta para a sala da Ginny.
Meu pai me chamava de pimentinha desde que eu tinha pintado o cabelo de vermelho. Eu não gostava desse apelido, mas aprendi a conviver com ele.
Corri até onde as meninas tinham ido, procurando por elas.
A gente ia primeiro nos quartos, colocar as malas, e nós organizarmos.
Eu entrei em uma sala, procurando por elas, mas só encontrei um casal se pegando, muito, muito forte.
Os dois gritaram assim que me viram, eu fechei a porta, e continuei andando pelo corredor, até alguém me puxar.
- Que porra é essa?! - o garoto grita comigo.
Era o garoto que estava se pegando com a menina.
- Que porra é essa digo eu, quem é você é por que tá gritando comigo?! - confrontei o garoto.
Ele era alto, cabelo raspado, piercings mas orelhas e cara de mal.
Cara de mal até eu tenho.
- Você sai entrando assim nas salas sem nem bater? - ele pergunta, e eu assinto.
- Eu estava procurando minhas amigas. E eu não tenho culpa de você e sua namorada decidirem se pegar e nem trancar a porta. - eu me defendo. - E pelo que eu sei, é proibido relacionamento, beijo, sexo, suruba o caralho a quatro no Colégio!
É proibido mas quando for a minha vez não vai ser mais.
- Foda-se, e ela não é minha namorada. Eu juro que se você abrir a porra da sua boca, eu acabo com a sua raça. - ele me ameaça.
- Adivinha? Eu não tenho medo de você, é dessa sua cara de pinscher com diarréia. - respondi.
- Continua fazendo piada sobre mim, e eu te mostro como posso acabar com sua vida ao estralar os dedos.
- Olha só, me deixa em paz. Se continuar me ameaçando, eu vou acabar com sua vida. - eu mostro o dedo do meio para a cara do indivíduo muito afrontoso.
Volto a andar pelo corredor pisando duro.
Pelo amor de Deus, quinze minutos aqui dentro e já é isso que eu recebo de boas vindas?
Continua...
• Autora
Muito afrontoso ele...
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The Valentinne
RomanceO que talvez parecia uma trama adolescente se aprofunda em algo muito maior. The Valentinne conta a história de dois Jovens adultos que ainda estão no colegial, que se envolvem em uma relação conturbada.