09. Frente a Frente

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Lutsie Lancaster

Cruz credo...

Eu me olhei no espelho, meu cabelo estava bagunçado, eu tentei ajeitar ele com as mãos, sem muito sucesso. Me apoiei na pia, e percebi o nível de estranheza da situação que estava acontecendo há poucos minutos atrás.

Tinha um viciado em sexo usando meu quarto como seu próprio motel privado. E saber que eu dormiria na mesma cama que ele fez coisa me dá repulsa.

Ares Valentinne, esse era seu nome.

Eu tirei meu celular do bolso, e entrei no Instagram, indo em pesquisa, e digitando seu nome em seguida.

Sua conta foi a primeira a aparecer, depois dela vinha alguns perfis de Fan Clube para o mesmo.

Ele é famoso?

Eu entrei no perfil dele, e notei logo de cara a quantidade de seguidores: 753 mil seguidores.

Perto do meu perfil trancado, com dois seguidores, sim, ele é famoso.

Eu olhei a biografia, e lá estava uma coisa que me fez ficar muito confusa. O arroba de trabalho do meu pai estava lá. Eu olhei algumas marcações e meu pai estava na maioria delas. Eu desci o feed, e reparei que as fotos eram profissionais, a maioria feitas em estúdios fotográficos.

O perfil era profissional, tendo como categoria "Modelo"

Eu franzi o cenho. Ele era modelo, e meu pai era o empresário dele, era isso?

Eu larguei o celular no bolso novamente, eu iria descobrir mais sobre isso com as fofoqueiras das minhas amigas.

Eu ouvi baterem na porta, suspirei.

Me olhei no espelho mais uma vez, e caminhei até a porta, abri ela mas não tinha ninguém. Eu saí no corredor, e vi o garoto descendo as escadas.

Fechei a porta e fui atrás dele.

— Ei, ei, ei! — eu chamei.

Ele se virou para mim no último degrau.

— O que você quer? — ele diz, parecendo muito impaciente.

— Não acha que me deve desculpas? — eu digo. — Você me atacou!

Ele ri com sarcasmo.

— Você entrou no quarto do nada, me observou dormir e mexeu nas minhas coisas, acha mesmo que eu te devo desculpas? — ele inclinou a cabeça, me olhando. — E foi você que me atacou.

— Eu entrei no meu quarto, afim de descansar, e olha só que surpresa, entrei no quarto que um viciado em atividades sexuais faz suas coisas. — eu exclamo, com nervosismo.

— Voce está louca?! — ele sobe os degraus todos e me prensa contra a parede. — Não pode gritar essas coisas no meio do corredor!

— Posso, posso sim! — empurrei ele pra longe.

— Okay, você venceu. — ele passou a mão no cabelo, suspirando. — Me desculpe. Eu só preciso que não fale nada para a Ginny.

É claro que ele não iria pedir desculpas se não precisasse de mim.

Mas bem, esse já era o meu plano, e agora tinha ficado melhor ainda.

— E o que eu ganho em troca? — eu indaguei. — Você é maluco, e eu não fui com a sua cara. Não vou fazer isso de graça.

Eu vou extorquir esse projeto de dono de cabaré até não aguentar mais. Ele mexeu comigo primeiro, e agora eu não vou deixar ele em paz. Ele vai ser meu entretenimento aqui dentro.

Eu sou muito malvada, MUAHAHAHA.

Ele me olhou, e então jogou a cabeça para trás, soltando um suspiro pesado.

— Quer transar? — ele me olhou, com um leve sorriso forçado no rosto. — Apesar de meio esquisita, e completamente maluca, você é bem gosto- — não deixei ele continuar.

— Não se atreva a completar essa frase. — o fuzilei com o olhar. — Não tenho o mínimo de interesse em transar com você, prostitutinho. Eu prefiro ter você na minha mão.

— Vá tirando seu cavalinho da chuva. — ele disse me olhando firme.

— Que pena, tô indo lá falar pra Ginny tudo que eu vi, e o que você fez comigo. — eu disse, e comecei a descer os degrais da escada.

Ele me puxou pelo braço, me fazendo girar para olha-lo.

— Tudo bem.

Eu sorri maligna por dentro, vou faze-lo de meu empreguete.

Ele passou por mim na escada, e andou na minha frente pelo resto do caminho.

Eu simplesmente não estava acreditando que em menos de duas horas aqui dentro eu já tinha passado por isso tudo, e ainda mais com o garoto que minhas amigas tanto falaram. Isso era loucura. Mas eu incrivelmente estava gostando disso.

Nós chegamos em frente a sala da Ginny, o Christian Grey da Deep Web, bateu na porta, e assim a Ginny cedeu a entrada.

Eu passei na frente dele, entrando primeiro. Olhei para a Ginny que sorriu ao me ver.

— Lutsie, querida. Sente-se. — Ela apontou para uma das cadeiras que estavam na frente da mesa dela. — Ares, sente.

Eu quase ri da forma que ela mudou tom de quando falava comigo, para quando falou com ele. É assim que se trata os porcos.

— Merlin me contou que não foi a aula. Não quero nem ouvir suas explicações falhas. — Ginny exclamou, olhando pro garoto sentado ao meu lado.

Eu deveria ter chutado a cadeira pra ele sentar bem longe de mim.

— Bem, Lutsie. Você sabe que não tínhamos mais vagas no colégio, e assim eu te coloquei no andar reservado. Não tive tempo de comentar que o meu enteado também estava no andar. — Ginny explicou, e eu me segurei para não revirar os olhos ao ouvir que vou dividir espaço com esse coelho.

— Por que deu um quarto pra ela no terceiro andar? — o insuportável perguntou, olhando pra Ginny.

— Por que eu quis, e mais do que isso, Lutsie é filha de Ramón, e eu não poderia nega-la aqui. — Ginny explicou.

— Voce é filha do Ramón? Ramón Lancaster? — ele me olhou desacreditado.

Sou sim, filhote de cruz credo.

Eu segurei uma gargalhada em minha garganta, quando eu vi a cara que ele vez. Isso aqui tá ficando muito bom.

— Sou. — eu respondi, olhando pra ele com um mini sorriso de canto.

— Eu espero que você seja gentil com a Lutsie, Ares. Ela é a filha do seu empresário, seja legal com ela ou ela pode reclamar com o pai sobre você. — a Ginny brincou.

Ah mas eu vou reclamar sim, vou xingar até o último fio de cabelo desse garoto, pro meu pai. Eu quero ver esse mini Massimo, que fugiu de 365 DNI, e veio parar aqui na minha frente, tomar no cu de todos os jeitos possíveis.

— Você vai ser legal comigo, não é? — olhei pra ele que me olhou com um olhar carregado de ódio.

— Claro. — ele respondeu.

Continua

• Autora

Bota ordem nesse mini prostituto, Lutsieee

Será Ares, o filho perdido de Christian Grey?

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