05. Primeiro Dia

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Lutsie Lancaster

Domingo, 19:23 Da noite.

O FaceTime acabou quando, meu pai chegou correndo no meu quarto achando que eu tinha me acidentado por contado barulho do zíper estourando.

Quem me dera eu tivesse coragem, pai.

Agora eu estava lamentando a morte do Robisva, — Foi como apelidei minha mala —, enquanto tomava banho para ir dormir, e amanhã seguir para o inferno pela primeira vez.

Meus sentimentos estavam completamente bagunçados, eu não sabia descrever o que estava sentindo, quando eu estava indo para o Internato de Freiras, eu estava sentindo muita raiva e tristeza. Mas agora...

Era indeterminado o que eu estava sentindo, eu apenas sentia.

Eu acho que me acustumei com a ideia de ficar longe.

[...]

Segunda-feira, 7:21 Da manhã.

Meu pai estava colocando as malas no carro, enquanto Lica tinha um ataque.

Elas tinham chegado aqui cedo, para podermos irmos juntas para o Maroz.

Paola estava tentando conter sua felicidade brincando com um dos meus 6 gatos.

Eles são meus nenéns. Apesar de quatro deles terem ranço de mim.

Apenas o Draco e a Kiran gostavam de mim.

Os outros quatro Amelie, Chefinho, Agatha, Nala e Lotuz, me odiavam. Talvez por eu simplesmente surtar de fofura quando os via fazer qualquer coisa.

Eu não podia fazer nada, eles são fofos.

— Ele vai te arranhar. — digo olhando Paola importunando o Chefinho.

— Não vai- — ela foi arranhada. — demoninho!

— Não xinga ele, eu faria a mesma coisa se fosse um gato. — a Lica diz.

— Seu selvagem! — Paola diz, magoada, olhando para onde foi arranhada.

— Eu acho bem merecido. — digo, e meu pai aparece.

Paola o colocou para dentro de casa, tranca a porta e me da a chave em seguida.

— Prontinho, vamos? — ele indaga, e meu coração acelera por um segundo.

— Vamos, vamos, vamos! — a Paola diz, super animada.

— Da tempo de desistir? Quero ser Stripper, e vender meu corpinho. — a Lica diz.

—Se achar um bom clube, me chama, vou ser Gogo boy lá. — meu pai diz, e caminha até o carro, entrando no veículo

As duas ficaram rindo, igual idiotas. Meu pai buzinou, e fomos até o veículo, entrando.

Meu pai é assim desde sempre. Ele brinca o tempo todo, quase sempre está de bom humor, e é sempre um amor de pessoa.

Confesso que gostaria de ser igual ele. Ele chama atenção por ser ele, não precisa agir igual idiota pra chamar os holofotes, como eu.

Dalila iria ficar com a Maiara, mãe da Paola, meu pai tem uma viagem de trabalho, ele é Empresário.

Eu sentei atrás, junto as duas, o banco do passageiro ficou vazio.

Seriam uma hora e meia de viagem até o Internato, o que me deixava revoltada por ter que ficar com as duas por tanto tempo.

Meu pai colocou uma das músicas antigas e de velho dele, e começou a cantar sendo acompanhado por as duas.

Meu pai meteu o pé no acelerador e iniciamos a viagem.

Não demorou para entrarmos em zona rural, parecia que a qualquer momento o Tarzan iria pular em cima do carro.

Não demorou muito, também, para a Lica mergulhar num sono, a Paola estava lendo algo, meu pai cantava, e eu tentava a todo custo tentar desenhar algo em meu caderno.

Vazia um bom tempo que eu não desenhava, assim como não lia romances idiotas, e uma boa fanfic. Isso me deixava chateada, há um tempo, isso era as coisas que eu mais fazia, e agora estava eu tentando desenhar uma simples mão.

Quando a frustração tomou conta do meu corpo por não consegui desenhar, eu taquei o caderno de desenho no chão do carro.

[...]

8:12 Da manhã.

Chegamos.

E eu juro que se passasse mais cinco minutos no mesmo carro que aquelas duas, vazia elas engolirem qualquer coisa que estivesse no meu alcance.

Fiquei alguns minutos parada encarando os prédios do Maroz, enquanto meu pai e as duas garotas tiravam as malas do carro.

Os prédios eram enormes, tinham quatro prédios gramdes e um central que ligava se ligava aos outros, a estrutura era antiga mas muito conservada.

A estrutura dos prédios e do prédio central fazia tudo parecer um castelo da era medieval, ou algo do tipo. A área de fora era um enorme gramado, com árvores, o lugar era fechado por muros e grades.

A Paola e a Lica pararam ao meu lado. Ambas estavam atentas a cada detalhe do lugar.

— Eu nem posso acreditar, que incrível. — a Lica diz.

Estávamos nos três paradas em frente ao Internato Maroz, olhando cada centímetro do lugar.

— Senti falta desse lugar. — meu pai diz, suspirando.

— Estudou aqui com qual idade, tio Ramón? — a Paola pergunta, virando para ouvir meu pai.

— Estudei aqui com 16 anos, com a atual diretora, fomos muito amigos e até hoje somos, mas é bem difícil manter contato quando ambos são ocupados. — meu pai diz, a Paola assente, sorrindo.

— Podemos entrar? Eu estou tão ansiosa por isso. — a Lica diz, meu pai assente me entregando uma das minhas malas, e ficando com uma da Lica, para ela poder levar suas outras duas. Já a Paolla carregou sua única mala gigantesca sozinha.

Paramos um pouco mais longe da entrada, por que os carros não podiam ultrapassar aquele limite.

O que significava que eu iria ter que caminhar segurando aquelas malas pesadíssimas.

Andamos pela estradinha, até chegarmos em frente ao prédio central

Assim que ficamos de frente para o prédio central, logo apareceu duas mulheres, elas sorriam, e vieram até a gente.

— Ramón! — uma delas disse. — É um prazer tê-lo aqui depois de tanto tempo, qual delas é a pequena Lutsie? — a moça olha para nos três, tentando desvendar o mistério.

Eu não me parecia nada com meu pai, havia puxado dele apenas os fios castanho claro e os olhos azuis, depois disso, mais nada.

Eu me parecia com minha mãe, o que para mim era ruim, mas para os outros, incrível.

Minha mãe é conhecida nacionalmente e em alguns outros países do mundo, ela é atriz, faz novelas, filmes, séries o tempo todo.

Um dos motivos de eu não ter nenhum tipo de rede social é este. Uma vez tentei criar um perfil no Instagram aberto, e logo me compararam a ela.

Não que seja um problema, mas quando ela escondeu que tem uma filha do mundo, se parecer com ela não é tão bom.

Sim, ela fez. Escondeu do mundo que tem uma filha. Há algum tempo atrás eu me cobrava de mim mesma o por quê dela ter feito isso. Mas hoje eu não ligo, não me importo.

— A emburrada é minha filha. — meu pai disse, e logo o olhar das duas se virou para mim.

Não entendi, isso foi algum tipo de indireta?

Continua...

• Autora

Sim, Lutsie. Foi uma indireta, se liga ein.

O bad boy desgraçado está mais perto do que nunca.

The ValentinneOnde histórias criam vida. Descubra agora