15. Ligados

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Ares Valentinne

Quando eu acho que essa merda não pode piorar, piora.

A Diaba ruiva conseguiu fazer todo o contrário do que eu mandei.

A ordem foi clara e simples: Não interaja comigo entre as pessoas.

Estou começando a acreditar que eu estou sendo seu entretenimento aqui dentro.

Eu estava trocando uma idéia com o Jordan quando ela achou super inteligente me gritar do outro lado da sala.

— Ares! — sua voz ocoou dentro da sala, atraindo o meu olhar e o de todos aqui dentro.

Quando meu olhar bateu com o dela, um pequeno sorriso de canto surgiu em sua boca.

ela levantou a mão, mexendo o indicador como um chamado.

Eu não fui.

— O que você quer comigo, garota? — com certeza meu olhar foi o bastante pra ela perceber que não era pra fazer isso.

— Sem questionamentos, amorzinho. — suas palavras atingiram algumas garotas da sala, que me olharam. — Vem aqui.

Me levantei devagar, tentando controlar a raiva que começou a me consumir aos poucos.

— Que porra é essa, Ares? — Declan me olhou irritado.

— Eu gostaria de saber também. — respondi, antes de andar em passos lentos até a mesa dela.

Parei na frente de sua mesa, me curvei até ficar cara a cara com a miniatura do diabo.

— Suas gracinhas vão ter volta. — proferi, baixo.

— Está me ameaçando, prostitutinho? — ela inclinou a cabeça, fingindo santidade. — Acredito eu, que você não esteja em posição de me ameaçar, não?

Ela tá certa, mas eu não sou obrigado a me rebaixar e aceitar isso quieto.

— O que você quer? — olhei em seus olhos. — Por que me chamou aqui?

Seus olhos rolaram para dentro da minha blusa social, que estava com alguns botões abertos.

Safada.

— Está sabendo do plano idiota do seu empresário? — ela disse, ainda concentrada em olhar meu abdômen.

O que o Ramón está inventando agora? Espero que não seja nada que me faça ficar perto dessa tinhosa.

— Me conte, porque eu não sei de nada. — respondi.

segurei seu queixo levemente e o movi para cima, para a fazer me olhar nos olhos.

— Querem fazer um jantar com nos dois. — notei na forma em que disse que estava tão incomodado quanto eu toquei.

Nem fodendo. — respondi. — Dê um jeito de não acontecer esse jantar, não estou afim de passar meu final de semana olhando essa sua cara feia.

Menti na última parte, a cara dela é bem bonitinha, mas ela não precisa saber.

— Dê um jeito você. — ela falou simples.

Seu olhar mostrava superioridade, ela passava firmeza em suas palavras, se eu não me conhecesse, até respeitaria.

— Fora daqui do internato, eu sinto em te informar, mas você não vai mandar em mim. — Sussurrei em seu ouvido.

The ValentinneOnde histórias criam vida. Descubra agora