08. Ares Valentinne

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Lutsie Lancaster

— Você não quer a chave? — ele indagou. — Vem pegar.

Revirei os olhos de imediato.

O arrependimento me consome em estantes, se eu não fosse uma fofoqueirinha eu estaria fora dessa situação muito esquisita.

— Eu não vou ir até você não! Acho que sou louca? — ele me olha óbvio e assente com a cabeça. — Pois está muito enganado! Não sou. E me dê a chave, ou você vai se arrepender.

Ele nega com a cabeça.

— Já que você não quer vir pegar... Vou te propor uma coisa. — ele me olha — Fale a verdade sobre como conseguiu a chave, e o que estava fazendo aqui, e eu te libero sem fazer nada. — ele sorriu cínico.

— EU JA TE DISSE! — eu suspiro e decido explicar, mesmo não querendo. — Sou nova aqui...

Ele me interrompe.

— Isso eu percebi, mas quem foi que te mandou aqui para me vigiar?

Como alguém poderia ser tão convencido?

— Ninguém! — respondi irritada. — Eu e minhas amigas chegamos literalmente há poucos tempo. Eu conversei com a Ginny, eu me perdi pelos corredores e só depois eu subi aqui, minha amiga me entregou a chave desse quarto que a Jean tinha deixado com ela e eu subi, achei o quarto, e entrei. Só isso. — eu decidi contar desde o começo só para ver se ele me deixava sair.

Nessa altura do campeonato, eu nem me importava de perder o quarto para ele.

— Eu quase caí na sua mentira, mas essa parte do prédio é reservada, nenhuma aluna fica aqui, entende?

Eu não estou suportando mais.

— Eu sei! Mas a Ginny abriu uma exceção, eu sou filha de um amigo próximo dela.

Eu tentei explicar, mas ele continuava sem acreditar, e dava pra perceber só pelo olhar dele.

— Eu não acredito em você. Foi a Penélope que te mandou aqui, não foi?

— EU LÁ SEI QUEM É PENÉLOPE! — esbravejei, completamente irritada. — Oh rato molhado, eu tô dizendo a verdade.

Eu vou partir pra agressão!

— Então prova. — ele deu de ombros, cruzando os braços.

Eu pensei em qual forma eu poderia provar que estava dizendo a verdade.

Foi daí que eu lembrei do meu celular. Eu peguei ele, destravei e fui direto no grupo com a Paola e a Lica.

Eu mandei diversas mensagens seguidas, mas nenhuma delas viu.

— O que você tá fazendo? — o garoto se aproximou e arrancou o celular da minha mão.

— Devolve meu celular!

AGRESSÃO!

ele virou as costas para mim, e eu pulei em cima dele.

— DEVOLVE MEU CELULAR! — eu enforquei ele, que tentou revidar me jogando em cima da cama.

Mas eu voei em cima dele novamente, nos caímos no chão, eu por cima.

Eu bati nele, enquanto ele apenas tentava me segurar, ele inverteu as posições, conseguindo me segurar.

— VOCÊ É MALUCA! — ele gritou na minha cara.

— VOCÊ É MAIS! — eu mordi o braço dele.

Ele recuou por um estante, mas voltou a me segurar.

The ValentinneOnde histórias criam vida. Descubra agora