The Valentinne

22. Toxic Blood

Ares Valentinne

Não me surpreendia ela ser suicida, eu conseguia ler isso nela.

A existência vaga dela, como ela não reagia a muitas coisas, e levava a vida no automático.

O que a levou a este estado quase que vegetativo que era a incógnita.

Continuei dirigindo em direção a sua casa, enquanto ela tentava me fazer falar sobre o que tinha acontecido.

— Ok, você quer saber, Lutsie? — a olhei nos olhos. — Então eu vou te falar.

Parei o carro em uma rua vazia, e me voltei para ela.

— Facçao, gangue, organização criminosa, escolha o que quiser. Tráfico de drogas e armas de fogo. — proferi sem rodeios.

Pode ser uma via de mão dupla, podemos sair os dois mortos daqui.

ela me encarou por alguns segundos.

— Essa é a sua brincadeirinha de passa tempo, Ares?

— Não, Lutsie. Eu sou um traficante.

A vi engolir seco, olhando para os lados.

— Eu estou nessa há anos.

— Que porra você acha que tá fazendo? Eu não sei se você sabe mas dessa você só sai morto.  — ela levantou a voz.

— E você também, eu sou tão suicida quanto você, mas eu escolhi ser possivelmente assasinado.

— Não estamos falando de mim, você tinha tudo pra ser alguém, mas preferiu entrar para uma gangue.

— Me poupe dos seus conselhos, este é o meu caminho, você queria saber.

— Quem são os Disciples? — ela indagou.

— Facção rival, o Declan achou que você pudesse estar envolvida por causa do Lo Viento e o John.

— O bar? o John é envolvido com isso também? — assenti. — Que porra é essa.

A cidade era tomada por facções, existiam as menores e as que movimentam a cidade, Existiam Três no topo, Disciples, Toxic Blood e a Tycoon.

A Toxic Blood era a que eu fazia parte, ela funcionava por hierarquia, era uma facção gigante, nós agíamos quietos, fora da mídia, e fora da mira.

Eu estou nesse meio há três anos.

— Lembre-se, morre você e eu se você abrir a boca.

— Isso é loucura, Ares.

— Me considero louco, viver sem adrenalina não é viver.

— Você não pensa na sua família não? Você não percebe a merda que faz? Isso mata pessoas, Ares.

— Eu não ligo, princesinha. Vivo por isso, fazer coisas monótonas não me interessam.

— Você é ridículo.

— Você mandou mensagem chamando esse ridículo aqui de gostoso.