16. Peça

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Lutsie Lancaster

Parte do dia passou pacífico.

MENTIRA!

Aqueles professores ENDEMONIADOS acharam de bom tom me colocar com em Dupla com o Ares em todas as matérias.

E para piorar tudo a professora de artes cênicas e teatro está preparando uma peça, ela está escolhendo os papéis aos poucos, e me escolheu juntamente ao Ares para sermos os PRINCIPAIS.

EU TO NUM LIVRO?

Sinceramente eu estou começando a acreditar nisso, essa merda é o que? Enimies to Lovers? Impossível.

Eu e Ares somos e seremos Enimies to Enimies.

Eu me recuso a ter que contracenar com este acéfalo.

Eu sou absolutamente apaixonada por teatro, gosto de atuar, isso me faz viver várias vidas em só uma. Mas atuar com o Ares sendo meu par romântico está fora de cogitação.

De primeira, quando eu comecei a refletir sobre eu e ele, percebi que não tinha porque ter esse ranço dele, até ter que sentar em dupla com ele em todas as aulas do dia, e perceber que tem motivo sim.

Ele é simplesmente insuportável, ele não para quieto um segundo, em absolutamente todas as aulas ou ele insistia em me perturbar igual uma criança encapetada, ou ele riscava a mesa, passava a aula inteira batendo o pé no chão, ou os dedos sobre a mesa.

Ou ele é muito hiperativo ou ele simplesmente tem fogo no cu.

Talvez seja as duas coisas juntas.

Em uma das aulas de ciências, em quê, novamente estávamos juntos em dupla, ele conseguiu explodir um experimento no meu cabelo.

Eu saí daquela aula parecendo o Shrek.

Como resposta eu pulei em cima dele e passei toda aquela gosma verde em seu rosto.

Primeiramente nós fomos para a diretoria, e depois para o banheiro nos lavar:

— Isso é culpa sua! — tentei acerta-lo com um tapa, mas falhei miseravelmente quando quase caí tentando fazer isso.

Ares me segurou pelo pulso, e me ergueu como se eu fosse um saco de batatas.

— Já te falei que foi culpa sua. — ele esbravejou andando na frente. — Eu te avisei para não colocar os dedos no meu experimento.

— O experimento era nosso! — respondi, andando mais rápido para alcança-lo.

Eu não sei onde fica o banheiro.

— Você não fez nada! e quando fez, o negócio explodiu! — ele entrou no banheiro, e eu tentei acompanhar, mas ele não deixou.

— Está escrito masculino, caso não saiba ler. — ele apontou para uma placa acima da porta.

— Eu não sei onde fica o feminino. — dei de ombros. — Me deixa entrar.

ele negou com a cabeça.

— Quer ver meu pau? eu deixo você entrar então.

The ValentinneOnde histórias criam vida. Descubra agora