The Valentinne

20. Negócios

Ares Valentinne

Estacionei o carro em frente ao beco citado por Lutsie, e vi uma maluca de cabelo vermelho conversando com um cachorro, era a minha maluca de cabelo vermelho.

Desci do carro indo em direção a ela, até um cara entrar na minha frente.

— Ta indo na princesinha ali? — ele apontou para Lutsie. — Eu já estou de olho nessa.

Ele provavelmente não sabe quem eu sou.

— Ai irmão, essa já é minha, vai procurar a sua. — fui firme nas palavras. — É melhor você sair daqui antes que eu quebre sua cara.

— Tudo isso por a gostosinha? ela nem é isso tudo, tem um belo par de seios, mas não é tudo- — foi interrompido por um soco meu.

— MILLER! SAI DAI, ELE NÃO! — um garoto veio gritando de lá de dentro, puxou o tal miller para longe.

Segui minha curta caminhada até a Lutsie que estava concentrada em contar como ela gostava de irritar alguém pro cachorro, que incrivelmente pareci prestar atenção em cada detalhe.

— Sim! ele é esquisitão, mas quando você ver ele você vai me entender, sabe? — a voz embargada e as palavras emboladas mostrava seu estado alcoólico.

— Você me dá trabalho até fora daquele maldito colégio. — eu digo, parando atrás dela.

— Prostitutinho! — ela inclinou a cabeça para trás para conseguir me enxergar. — Eu estava falando de você pro meu amigo au au.

Ela apontou pro cachorro que agora me olhava, um sorriso largo e verdadeiro estava no seu rosto.

Talvez essa fosse a primeira vez que eu a via sorrir, sem ser de forma forçada.

— E o que você estava falando de mim? — indaguei, com as mãos no bolso, estava frio.

E foi aí que eu percebi a roupa que ela usava, uma saia minúscula, com um boddy que colocava a mostra muitas coisas.

— Olha, isso é confidencial entre eu e meu amigo, um dia você descobre. — ela disse rindo. — Você veio pra uma festa de calça moletom e jaqueta? você tem mal gosto.

— Não, eu não vim para a festa, vim te buscar.

— Me buscar?

— Sim, agora vem. — estendi minha mão direita para ela. — Está tarde, vamos.

— Ela não vai para lugar nenhum com você, Ares. — John apareceu.

John era basicamente o cara mais insuportável de Londres.

— Bem, acho que ela está mais em perigo aqui com você do que comigo.

— Ahan, você acha que ela não me conta sobre você? Ela não vai com você, veio comigo, volta comigo.

— Mas acredito que o pai dela não a quer com você, e acredite eu sou a pessoa certa para levá-la.

— Sem chances, Ares.

— Ei, Ei! Eu estou aqui, tá? — a Lutsie se levantou do chão com certa dificuldade. — Vai catar manga no pasto, John.